Presidente iraniano afirma que Irã derrotou 'a conspiração do inimigo'

Em pronunciamento exibido pela TV estatal, Hassan Rohani diz que protestos contra o aumento dos combustíveis eram feitos por anarquistas incentivados por 'forças reacionárias da região, sionistas e americanos'

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Por Redação
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TEERÃ - O Irã saiu vitorioso e se uniu nos distúrbios dos últimos dias, declarou nesta quarta-feira, 20, o presidente Hassan Rohani, referindo-se às manifestações violentas em todo o país contra o aumento do preço da gasolina.

"Nosso povo sempre saiu vitorioso em face das conspirações do inimigo e venceu novamente, desta vez em face desses distúrbios, que eram uma conspiração contra a segurança (da nação)", disse ele em uma reunião de gabinete transmitida pela televisão estatal, que também mostrou imagens de manifestações favoráveis ao governo realizadas em várias cidades.

Em pronunciamento na TV, Hassan Rohani disse que governo derrotou anarquistas Foto: Iranian Presidency / AFP

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"Os anarquistas que saíram às ruas eram poucos (...) Estavam organizados, armados", segundo Rohani, que apontou como instigadores "as forças reacionárias da região, os sionistas e os americanos".

O presidente se referiu às "imensas manifestações populares" favoráveis ao governo, realizadas "espontaneamente" em várias cidades e que constituem "a melhor prova do poder da nação iraniana".

O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse na terça-feira que "o inimigo" havia sido rechaçado.

Motoristas bloquearam estradas e alguns manifestantes atacaram infraestruturas públicas e postos de gasolina Foto: AFP

Desde sexta-feira, o Irã tem sido palco de protestos contra o aumento do preço do combustível, uma reforma com a qual o governo quer favorecer as classes mais pobres, que receberão dinheiro graças a essa cobrança adicional do Estado, mas que ocorre num momento ruim, com um país em crise financeira.

As autoridades confirmaram a morte de cinco pessoas (quatro policiais e um civil), mas a Anistia Internacional disse na terça-feira que mais de 100 manifestantes teriam perdido a vida nos protestos e a ONU teme que haja "dezenas" de mortes. / AFP

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