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Presidente iraniano cancela reunião bilateral com Temer

Missão do país na ONU disse que Hassan Rohani teve mudança de última hora em agenda que inviabilizou o encontro; chanceleres dos países signatários do acordo nuclear se reúnem hoje para avaliar o cumprimento das obrigações assumidas por Teerã

Por Cláudia Trevisan e Nova York
Atualização:

NOVA YORK - O presidente do Irã, Hassan Rohani, cancelou a reunião bilateral que teria na manhã desta quarta-feira, 20, em Nova York com o presidente brasileiro, Michel Temer. A missão do país na Organização das Nações Unidas (ONU) disse que Rohani teve uma mudança de última hora em sua agenda que inviabilizou o encontro.

A república islâmica foi um dos alvos de ataque do presidente Donald Trump em sua estreia na Assembleia-Geral da ONU, na terça-feira. O americano sugeriu que pode abandonar o acordo sobre o programa nuclear do país fechado por seu antecessor, Barack Obama, e os líderes de China, Rússia, França, Inglaterra, Alemanha e Irã. O pacto levantou sanções contra Teerã em troca da suspensão ou reversão de aspectos do desenvolvimento nuclear.

O presidente brasileiro, Michel Temer, assina nesta quarta o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, na ONU; encontro dele com líder iraniano, Hassan Rohani, foi cancelado por Teerã Foto: AFP PHOTO / DON EMMERT

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Nesta quarta-feira, os ministros das Relações Exteriores dos países signatários do acordo se reunião na ONU para avaliar o cumprimento das obrigações assumidas pelo Irã. Será o primeiro encontro do secretário de Estado americano, Rex Tillerson, com o chanceler iraniano, Mohamed Javad Zarif.

A pauta da bilateral com o Brasil seria principalmente econômica. Os iranianos pediriam que bancos brasileiros aceitem cartas de crédito de instituições do país islâmico para financiar o comércio bilateral. 

O temor de serem acusados de violação de sanções americanas contra Teerã têm impedido o engajamento de grandes bancos nos negócios entre os dois países. A Embraer, por exemplo, negociou a venda de 25 aviões a companhias aéreas iranianas, mas não conseguiu concretizar a operação por falta de financiamento.

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