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Primeiro fim de semana do ano começa com novas restrições por coronavírus no mundo

Segundo a Organização Mundial da Saúde, mundo registrou 9.921 mortes por covid-19 ao longo do primeiro dia de 2021

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Por Redação
Atualização:

PARIS - O primeiro fim de semana de 2021 começou, neste sábado, 2, com novas medidas restritivas na França, Tailândia e Grécia para tentar conter a pandemia de coronavírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo registrou 9.921 mortes por covid-19 ao longo do primeiro dia de 2021. Dessa forma, o total de vítimas da doença em todo o planeta saltou para 1.815.433, segundo a OMS.

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Ao longo do dia 1º de janeiro, segundo a OMS, foram contabilizados 470.046 casos de infecção pelo novo coronavírus, o que faz a quantidade de positivos desde o início da pandemia chegar a 82.356.727

Atualmente, uma das principais preocupações da OMS se refere ao continente africano, que vem apresentando uma curva de contágio em maior tendência de alta. Ontem, a região foi responsável por 24 mil novos casos positivos, segundo a OMS.

Paciente com covid-19 é tratado em hospital na região da Cidade do Cabo, na África do Sul Foto: RODGER BOSCH / AFP

Na França, o novo ano começou com mais restrições, frente a números epidemiológicos preocupantes e com a "interrupção do som", neste sábado, da megafesta ilegal que começou na véspera de ano-novo no oeste do país e reuniu cerca de 2,5 mil pessoas em plena pandemia.

Para evitar um novo surto da pandemia, o toque de recolher foi reforçado a partir deste sábado em 15 departamentos franceses. Cerca de 6 milhões de pessoas não poderão deixar suas casas depois das 18h, horário local, salvo exceções. No restante do país, o toque de recolher se mantém, sem alterações, a partir das 20h.

"Acrescentamos duas horas de toque de recolher. Certamente teremos um impacto na direção correta em 15 dias, mas provavelmente muito modesto", estimou neste sábado Frédéric Adnet, chefe do setor de emergência do Hospital Avicennes, em Bobigny (região de Paris), em entrevista ao canal BFMTV.

Políca francesa intervém em festa clandestina de ano-novo com mais de 2 mil participantes Foto: JEAN-FRANCOIS MONIER / AFP

Mas, com quase 20 mil casos diários registrados nos últimos dois dias, muito longe da meta do governo de reduzir para 5 mil infecções diárias, é possível que o endurecimento das restrições não pare aí. "Se a situação se deteriorar ainda mais em certos territórios, tomaremos as decisões necessárias", alertou o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, na sexta-feira.

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Teatros, cinemas e salas de concerto também não poderão reabrir em 7 de janeiro, conforme inicialmente planejado.

Mais confinamentos 

No restante da Europa, a região mais atingida pela pandemia com mais de 577.400 mortes e 26,7 milhões de casos de contágio, o retorno da normalidade também parece estar distante.

Com 4.881 mortes declaradas por coronavírus, a Grécia anunciou neste sábado que vai prorrogar até 10 de janeiro, "por razões preventivas", seu estrito confinamento adotado há dois meses, pondo fim à flexibilização das medidas aplicadas em dezembro para as festas de fim de ano. 

Ásia

Na Tailândia, que parecia ter passado o pior da pandemia, a capital do país, Bangcoc, entra em confinamento parcial neste sábado com o fechamento de bares, boates e locais de venda de álcool para conter uma alta dos casos de covid-19.

Desde o mês passado, este país do Sudeste Asiático experimenta um novo crescimento de casos. No sábado, o número de infecções saltou para 7.300. Em nível nacional, as novas restrições ficarão em vigor de 4 de janeiro a 1º de fevereiro.

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Criança brinca em calçada com demarcação para distanciamento social emBangcoc Foto: Mladen ANTONOV / AFP

A Coreia do Sul vai expandir a proibição de reuniões privadas com mais de quatro pessoas para incluir todo o país e deve estender regras de distanciamento social em Seul e áreas vizinhas até 17 de janeiro, afirmou o ministro da Saúde do país, Kwon Deok-cheol, neste sábado.

O Japão vai considerar a emissão de uma nova declaração de emergência depois que os governadores da região de Tóquio solicitaram medidas para lidar com o aumento recorde de casos. O governo precisa consultar especialistas em saúde antes de decidir sobre uma nova declaração, disse o ministro da Economia, Yasutoshi Nishimura, a repórteres após uma reunião com o governador de Tóquio, Yuriko Koike, e líderes de três prefeituras vizinhas.

América Latina 

Na América Latina, a Venezuela retomará seu plano de confinamento parcial na segunda-feira, indo de 4 a 10 de janeiro, após afrouxar os controles em dezembro. O presidente Nicolás Maduro alertou para um "leve, mas significativo aumento" das infecções em dezembro, que encerrou com quase 11 mil novos casos e 127 mortes, segundo dados oficiais questionados pela oposição e por organizações como a Human Rights Watch.

Até esta data, a Venezuela acumula oficialmente 113.558 casos de contágio e 1.028 óbitos. No total, a região da América Latina e Caribe lamenta 509.332 mortes e mais de 15,6 milhões de casos desde o início da pandemia. 

Vacinação 

As campanhas de vacinação vão dominar grande parte do ano que começa, embora os especialistas acreditem que o pior ainda está por vir em nível global, prevendo uma alta pronunciada nas infecções e mortes após as festas de Natal. Além disso, as críticas à lentidão na distribuição da vacina aumentaram nos últimos dias, em especial na Europa e nos Estados Unidos.

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O presidente francês, Emmanuel Macron, advertiu que a pandemia será importante "pelo menos até a primavera" (outono no Brasil), mas prometeu evitar "uma lentidão injustificada" na vacinação. Profissionais de saúde com mais de 50 anos começam a ser vacinados a partir de segunda-feira, na França, antes do prometido originalmente.

O Vaticano anunciou hoje que iniciará sua campanha "nos próximos dias", a partir da segunda quinzena de janeiro, priorizando profissionais de saúde e idosos. Em sua curta declaração, a Santa Sé não mencionou se o papa Francisco, de 84 anos, será vacinado.

O Reino Unido, por sua vez, já vacinou quase 950 mil pessoas, enquanto um aumento nas infecções forçou os hospitais de campanha a reabrirem.

Nos EUA, 20 milhões de casos

Os Estados Unidos começaram o ano superando a triste marca de 20 milhões de casos de covid-19 e 347.865 mortes - de longe o maior número nacional de óbitos.

A principal economia mundial falhou em seus esforços para controlar o vírus, que continua a se espalhar rapidamente por todo território, e também teve um início lento da vacinação, devido a problemas logísticos e a hospitais lotados.

Profissional de saúde prepara vacina da Pfizer-BioNtech para aplicação em Tel-Aviv Foto: JACK GUEZ / AFP

Quase 2,8 milhões de americanos já receberam suas primeiras doses, muito longe dos 20 milhões de vacinas prometidas pelo governo do presidente em final de mandato, o republicano Donald Trump, antes do fim de 2020.

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O presidente americano eleito, o democrata Joe Biden, que assume o cargo em 20 de janeiro, criticou o lançamento problemático das vacinas e pediu à população que continue a usar a máscara.

Terceiro país com mais mortes no mundo pelo coronavírus, com 149.218 mortes e 10,3 milhões de casos de contágio declarados, depois de Estados Unidos e Brasil, a Índia fez simulações de vacinação em todo território neste sábado. O governo indiano lançará, possivelmente esta semana, uma campanha em massa com o imunizante produzido pela Universidade de Oxford e AstraZeneca./AFP, REUTERS e EFE 

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