Príncipe Charles defende seu ancestral, George III

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Por Agencia Estado
Atualização:

O príncipe Charles saiu em defesa de seu ancestral, o rei George III, que foi sempre, talvez injustamente, tachado de louco, e culpado pela perda das colônias americanas da Inglaterra. Entrevistado para um documentário de TV ? trechos foram ao ar hoje ? Charles disse que George III podia ter acalmado os revolucionários americanos, subjugados pelos vários vínculos com a Inglaterra, se fosse possível uma visita real através do Atlântico em 1776, o ano em que as 13 colônias declararam independência. A doença de George, que agora se acredita estar enraizada no distúrbio genético conhecido como porfiria, foi o tema do filme premiado de 1994, The Madness Of King George, no qual o monarca é interpretado pelo ator inglês Nigel Hawthorne. Charles disse ao Timewatch que George, que viveu de 1738 a 1820, foi um inglês dos mais zelosos, cultos e mal compreendidos, tendo estudado artes e ciências e envolvido-se com agricultura, astronomia, arquitetura e fabricação de relógios, assim como colecionou livros, medalhas, pinturas e desenhos. ?Há muitos anos, sou fascinado por meu ancestral?, disse o príncipe no programa. ?George III liderou a Inglaterra através de 60 anos de sublevação social, revolução industrial e terrível privação causada pelas guerras com Napoleão. Embora a história lembre-o acima de tudo como ?o rei louco? ou o rei que perdeu a América, isto é uma caricatura.? Como Charles, George amava o campo e tinha um imenso interesse por arquitetura. E, como Charles, foi zombado por seu interesse pela agricultura - Charles disse, certa vez, que conversava com as plantas e George suportava o apelido satírico de ?Fazendeiro George?. ?Ele costumava passear sozinho pelo campo em Windsor e Kew(oeste de Londres), conversando com os vizinhos e empregados das fazendas e tinha um real interesse pelo bem-estar de qualquer trabalhador?, disse Charles no programa. ?A visão do rei conversando sobre preços agrícolas, alimentação de porcos, a chegada da colheita e por aí vai parecia algo excêntrico e impróprio. Caricaturistas da época zombavam dele por isso.?

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