A promotora-geral da Ucrânia, Irina Venediktova, afirmou nesta terça-feira, 22, que 2.389 crianças ucranianas foram ‘retiradas à força’ da Ucrânia e levados para a Rússia pelos militares russos. Segundo a promotora, há investigações em andamento. O chanceler ucraniano chamou o caso de “uma violação grosseira do direito internacional”.
A informação também foi divulgada pela embaixada dos Estados Unidos em Kiev, a partir das declarações do chanceler ucraniano. “Isso não é assistência. É sequestro”, disse a embaixada. Jornais internacionais ressaltam que não conseguiram checar as afirmações.
A retirada forçada das crianças para o território russo estaria acontecendo em áreas ocupadas da Ucrânia, que estão em conflito.
Desde que a guerra começou, milhares de crianças saíram da Ucrânia para outros países como refugiados. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), esse número chega a pelo menos 1,5 milhão de crianças, enfrentando riscos descritos como “reais e crescentes”.
Além disso, as estimativas da Unicef é que mais de 500 crianças cruzaram as fronteiras desacompanhadas. A organização alerta que menores separados de suas famílias são “especialmente vulneráveis ao tráfico e exploração”.
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