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Queda de ponte no Mississippi mata 7

Desabamento da estrutura, que passava por reforma, também deixa pelo menos 60 feridos; não há indício de atentado

Por ASSOCIATED PRESS e REUTERS E FRANCE PRESSE
Atualização:

Minneapolis, EUA - Uma ponte que passava por reforma desabou ontem no Rio Mississippi, em Minneapolis, em plena hora do rush. Segundo o chefe dos bombeiros de Minneapolis, Jim Clack, pelo menos 7 pessoas morreram e 60 ficaram feridas. Cerca de 50 veículos foram lançados na água, informaram emissoras de televisão. As causas do acidente ainda não estão claras. "Esta é, obviamente, uma catástrofe de proporções históricas", afirmou o governador de Minnesota, Tim Pawlenty. Nos hospitais, as primeiras informações ainda eram confusas."Não posso dizer quantas pessoas estamos tratando porque elas ainda estão chegando", disse um funcionário do Hennepin County Medical Center, em Minneapolis - cidade de 382 mil habitantes. Um médico declarou que no hospital havia pelo menos seis feridos em estado grave. A ponte tinha 20 metros de altura, 150 metros de extensão e oito pistas de uma rodovia expressa. A estrutura é a principal ligação entre Minneapolis e a capital estadual, St.Paul. O acidente ocorreu às 18h05 (20h05 em Brasília), quando a ponte tinha trânsito intenso. Um ônibus escolar, que passava pela ponte no momento do desabamento, por pouco não caiu no rio. Segundo emissoras locais de televisão, as crianças conseguiram escapar saindo pela porta traseira do veículo. Uma testemunha disse que alguns dos estudantes tinham o rosto ensangüentado. Um trem de carga que passava por uma linha ferroviária sob a ponte foi cortado em dois. A Guarda Costeira isolou áreas do Rio Mississippi, uma das principais hidrovias do país, perto do local do acidente, informou a rede de TV CNN. Mergulhadores vasculhavam as águas à procura de vítimas. O Departamento de Transporte do Estado de Minnesota informou, em um relatório divulgado em maio de 2006, que inspetores haviam notado que a estrutura tinha fissuras e algumas das vigas que sustentam o trecho de acesso à ponte haviam entortado, assinalou a emissora ABC. De acordo com o departamento, 200 mil carros passam por dia pela ponte, construída em 1967. Ramon Houge, que estava na ponte, disse que viu o concreto ruir e os carros caindo. Os motoristas dos veículos tentaram a todo custo fazer o retorno e evitar a queda, contou ele ao jornal St. Paul Pioneer Press. Houge usou uma área de construção para fazer a volta com seu carro e sair da ponte. Imagens do acidente mostraram enormes vigas de aço contorcidas e blocos de concreto destruídos em meio à fumaça. "Vi gente carregando um corpo - não sei se a pessoa estava morta ou viva", disse Andy Schwinch, que chegou ao local do acidente poucos minutos após o desabamento. Ele relatou que um caminhão estava em chamas. Muitas pessoas ficaram ilhadas em pedaços da ponte que não afundaram e tiveram de esperar pela chegada das equipes de resgate. "Foi a pior cena da minha vida", afirmou Schwinch. Testemunhas disseram ter ouvido um estrondo pouco antes de a ponte desabar. "Primeiro, escutei um barulho muito alto. Estava trabalhando no meu computador e, num primeiro momento, achei que pudesse ser um avião", disse Leone Carstens, que mora perto do local. O Departamento de Segurança Interna, em Washington, afirmou que não havia indícios de que se tratasse de um ataque terrorista.

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