Rebeldes iemenitas ameaçam atacar Arábia Saudita e Emirados Árabes

Milícias houthis prometem atacar portos, aeroportos, postos fronteiriços e aumentam tensão na região

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Atualização:

SANAA - Rebeldes xiitas iemenitas ameaçaram ontem atingir os portos, aeroportos, postos fronteiriços e instalações da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos em resposta ao aumento do bloqueio imposto ao Iêmen. O governo americano acusou o Irã de fornecer os mísseis aos milicianos houthis, algo que Teerã nega. 

+Arábia Saudita diz que lançamento de míssil do Iêmen é ato de guerra do Irã

“Todos os aeroportos, portos, postos de fronteira e instalações vitais (dos dois países) serão alvos das armas iemenita”, indicou em comunicado o Conselho Político Supremo, o órgão de governo dos rebeldes.

Ataque em Sanaa, capital do Iêmen Foto:

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Em Riad, Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro saudita, que nos últimos dias liderou um expurgo contra personalidades políticas e empresários de seu país , criticou o governo iraniano, a quem os sauditas acusam de apoiar os houthis. 

“O envolvimento do Irã na entrega de mísseis aos (rebeldes iemenitas) houthis é uma agressão militar direta do regime iraniano e poderia ser considerado como um ato de guerra contra o reino”, declarou.

O governo americano foi na mesma linha. A embaixadora do país na ONU, Nikki Haley, acusou o Irã de violar resoluções das Nações Unidas e fornecer mísseis aos rebeldes iemenitas. A embaixadora também pediu que aliados dos Estados Unidos contribuam para provar a responsabilidade de Teerã na desestabilização da região.

“O regime iraniano confirma mais uma vez o seu completo menosprezo por suas obrigações internacionais”, disse Haley.  O Irã, por sua vez, considerou “contrárias à realidade” as afirmações do príncipe herdeiro saudita e voltou a negar que trabalhe para armar os rebeldes houthis. / AFP, AP e EFE

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