A reação de Donald Trump à marcha de neonazistas e ao assassinato de uma militante antifascismo em Charlottesville está custando, além de capital político, dinheiro aos negócios do presidente. Nesta sexta-feira, 18, três instituições cancelaram a locação de espaços no resort de Mar-a-Lago para eventos. O local, na Flórida, é propriedade de Trump.
A Cruz Vermelha, o Exército da Salvação e a Fundação Susan G. Komen anunciaram que não utilizarão mais as instalações do resort do presidente. As justificativas apresentadas pelos grupos não citam diretamente a questão de Charlottesville, mas a Cruz Vermelha, por exemplo, afirmou que a realização de eventos em Mar-a-Lago vinha sendo “motivo constante de controvérsia e desconforto para muitos dos voluntários, funcionários e apoiadores”.
O diretor executivo da organização, Gail McGovern, enviou um comunicado a sua equipe para justificar a desistência do resort. “A Cruz Vermelha presta assistência às pessoas em necessidade sem discriminação, independentemente de nacionalidade, raça, crença, sexualidade ou opinião política. E precisamos ser claros e inequívocos na defesa desses princípios.”
Na quinta-feira, outras três instituições já haviam anunciado o cancelamento de eventos em Mar-a-Lago. Uma delas, a American Cancer Society, afirmou que tomou a decisão por seu compromisso com “valores e diversidade”. Os preços cobrados pelo resort para hospedar eventos de porte similar variam de US$ 100 mil a US$ 250 mil. / W. POST