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Rodman - Uma ponte entre Kim e Donald

A quinta visita do ex-jogador ao país levantou suspeitas de que ele estaria viajando exatamente para libertar o estudante americano

Atualização:

O ex-jogador do Chicago Bulls e estrela do basquete Dennis Rodman chegou ontem à Coreia do Norte para visitar um amigo de longa data, o ditador Kim Jong-un, fã do esporte. A libertação, no mesmo dia, do estudante americano Otto Warmbier confirmou essa proximidade. E deu credibilidade à hipótese de que o ex-atleta seja o pivô de um plano para construir um canal secreto de Kim com outro amigo de Rodman, o presidente Donald Trump.

O ex-jogador da NBA Dennis Rodman (C) desembarca em Pyongyang Foto: AP Photo/Kim Kwang Hyon

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A quinta visita do ex-jogador ao país levantou suspeitas de que ele estaria viajando exatamente para libertar o rapaz. Assim que tomou posse, Trump declarou que estaria disposto, com as condições ideais, a se encontrar com Kim. 

Rodman participou do programa Celebrity Apprentice de Trump por duas temporadas. Ele se encontrou com o ditador em todas suas viagens a Pyongyang e chegou a conhecer e a pegar no colo a filha de Kim. “Rodman é o único contato mútuo entre Trump e Kim”, afirmou o Washington Post. 

O governo Trump estaria tentando fazer aberturas ao regime de Kim Jong-un, incluindo um esforço para estabelecer um canal secreto com o ditador utilizando um “associado a Trump” em vez de especialistas ou funcionários oficiais. A estrela da NBA, hoje com 56 anos, conversou com Trump sobre suas viagens à Coreia do Norte antes de o magnata ser eleito. Rodman declarou apoio a Trump em 2015, tuitando que Trump “tem sido um grande amigo há anos”. Sobre Kim, Rodman se refere a ele como “um amigo para a vida toda”. 

O ex-jogador e seu agente, Chris Volo, foram fotografados em Pequim usando a camiseta com a logo de seu patrocinador PotCoin – uma moeda virtual para a indústria legal da maconha. Além do universitário solto ontem, há outros três americanos detidos no país.

Outros prisioneiros foram libertados após visitas de nomes de peso americanos, incluindo os ex-presidentes Jimmy Carter e Bill Clinton. Mas esforços para persuadir a Coreia do Norte a libertar todos os prisioneiros de uma vez nunca tiveram sucesso. 

Em sua visita, em 2014, Rodman foi criticado por sugerir que o missionário americano, Kenneth Bae, detido no país na época, merecia a punição que recebeu. / WASHINGTON POST 

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