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Rússia e França pedem 'negociação direta' para diminuir tensão com Coreia do Norte

Segundo o Kremlin, Vladimir Putin e Emmanuel Macron 'se mostraram unidos sobre o caráter inadmissível da continuidade da escalada' na Península Coreana e pediram uma solução 'exclusivamente por meios políticos e diplomáticos' para a situação

Atualização:

MOSCOU - Os presidentes de Rússia, Vladimir Putin, e França, Emmanuel Macron, conversaram nesta sexta-feira, 15, por telefone sobre o teste de míssil realizado na véspera pela Coreia do Norte e pediram "negociações diretas" com Pyongyang para reduzir as tensões, informou o Kremlin.

Os dois chefes de Estado "se mostraram unidos sobre o caráter inadmissível da continuidade da escalada" na Península Coreana, disse o governo russo, em comunicado. 

Putin e Macron (D) defenderam em conversa por telefone uma solução 'política e diplomática' para a crise na Península da Coreia Foto: REUTERS/Philippe Wojazer

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Putin e Macron "estão de acordo sobre a necessidade de resolver essa situação extremamente complicada exclusivamente por meios políticos e diplomáticos, com a retomada de negociações diretas", informou Moscou. 

Os líderes também "condenaram firmemente as ações provocadoras da Coreia do Norte, que violam de forma grosseira as resoluções do Conselho de Segurança da ONU".

Depois da conversa, a chancelaria francesa também se pronunciou sobre o lançamento norte-coreano para reforçar seu apoio às sanções da ONU. "A França está disposta a trabalhar, especialmente no seio do Conselho de Segurança das Nações Unidas e da União Europeia, no reforço das medidas destinadas a convencer o regime de Pyongyang de que não lhes interessa uma escalada e a conduzi-lo à mesa de negociação", disse a porta-voz da diplomacia francesa, Agnès Romanet-Espagne.

"Este programa pede uma resposta intransigente da comunidade internacional para preservar o regime de não proliferação, o estado de direito, assim como a paz e a segurança internacional", completou.

Antes da conversa de Macron e Putin, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, já havia posicionado seu país contra a ação de Pyongyang, dizendo que Moscou condenava "com veemência" a ação, que afronta as últimas sanções votadas pela ONU.

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"Condenamos com veemência a continuidade de atos tão provocadores, que levam a uma escalada das tensões na península coreana", disse Peskov. A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, no entanto, denunciou a "retória agressiva de Washington" nesta questão.

Outras reações

Pouco depois do lançamento, na noite de quinta-feira, a Coreia do Sul condenou o lançamento, dizendo que foi um sério ato de desafio que ameaça a paz e a segurança internacional. Seul disse em comunicado que está preparada para responder a qualquer ameaça da Coreia do Norte e aperfeiçoará sua capacidade de resposta às provocações de Pyongyang.

Já nesta sexta, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou que seu país "nunca tolerará" as perigosas provocações da Coreia do Norte que "ameaçam a paz mundial" e pediu uma "unânime resposta da comunidade internacional em favor da (defesa da) paz mostrada pela ONU".

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, também reagiu ao lançamento e condenou a "provocativa" ação de Kim Jong-un. "Pedimos a todas as nações para adotar novas medidas contra o regime de Kim", afirmou Tillerson em um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado. / AFP, EFE e REUTERS

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