PUBLICIDADE

Rússia recorreu até ao Pokémon Go para causar discórdia nos EUA, diz CNN 

Campanha de fonte russa estaria usando as plataformas digitais para evidenciar incidentes sobre a alegação de brutalidade policial, mas com duplo objetivo

Atualização:

Os esforços da Rússia para interferir na política americana não se limitou a Facebook e Twitter. Uma reportagem da TV americana CNN afirma que perfis na internet ligados à Rússia mostram que esses esforços se estenderam para YouTube, Tumblr até mesmo para o popular Pokémon Go. 

Uma campanha ligada aos russos colocada no contexto do movimento Black Lives Matter usou Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Tumblr e o Pokémon Go com o intuito de explorar as tensões raciais e criar discordância entre os americanos, segundo a CNN.

Jogo Pokemon Go virou febre mundial em 2016 Foto: Efe

PUBLICIDADE

A campanha, com o nome "Don't Shoot Us" (Não atire na gente, na tradução livre), expôs novas evidências de como agentes russos criaram um amplo ecossistema online no qual mensagens políticas com intenções de provocar discórdia foram reforçadas em múltiplas plataformas, ampliando uma campanha que parece ter sido conduzida por uma única fonte: a sombria fazenda de trolls ligada ao Kremlin conhecida como Internet Research Agency (IRA). 

+Google revela anúncios patrocinados por russos no YouTube e no Gmail, diz 'Post'

Uma fonte confirmou à CNN que a página Don't Shoot Us no Facebook foi uma das 470 derrubadas após a companhia determinar que elas estavam ligadas ao IRA. 

Segundo a TV americana, o título da campanha pode ser uma referência ao slogan "Hands Up, Don't Shoot" (mãos ao alto, não atire, na tradução livre), que se tornou popular durante os protestos após a morte do negro Michael Brown por um policial branco. 

A campanha estaria usando as plataformas digitais para evidenciar incidentes sobre a alegação de brutalidade policial, mas com duplo objetivo, de acordo com a CNN. Por um lado, estimulando afro-americanos a protestar contra a violência policial e, por outro, encorajnado outros americanos a ver o ativismo negro como uma crescente ameaça.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.