ROMA - O capitão Francesco Schettino poderá subir a bordo do Costa Concordia novamente nesta quinta-feira, dois anos depois do naufrágio que deixou 32 mortos. Os juízes do Tribunal de Grosseto, no centro da Itália, onde Schettino é processado, concederam a autorização nesta terça-feira, 25.
Os advogados do principal acusado pelo naufrágio fizeram o pedido alegando ser "um direito do réu visitar o lugar do crime". Desde julho de 2013, o capitão enfrenta um processo por homicídio culposo múltiplo, abandono da embarcação, naufrágio e não ter informado imediatamente as autoridades portuárias da colisão do navio, na noite de 13 de janeiro de 2012.
Nesta quinta-feira, um grupo de peritos deve fazer uma inspeção no navio, que continua em Giglio. Schettino foi autorizado a assistir, mas não poderá falar com os peritos. Esta será a primeira vez que o italiano volta à embarcação.
Schettino, segundo diversas testemunhas, pulou do navio para uma lancha para se salvar do naufrágio, enquanto milhares dos 4.229 passageiros e tripulantes tentavam abandonar o navio.
O pedido do capitão fez a Itália lembrar da conversa telefônica que ficou famosa no país, quando o capitão da Guarda Costeira italiana Gregorio de Falco exigiu que Schettino voltasse ao navio para comandar a saída dos passageiros que continuavam no Costa Concordia. Schettino não voltou e passou a noite em um hotel da ilha italiana./ EFE
Ouça ao áudio, em italiano, do telefonema entre Gregorio de Falco e Schettino: