Senado da França aprova reforma que aumenta idade da aposentadoria de 62 para 64 anos

Medida ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Nacional para entrar em vigor; projeto provocou protestos intensos no país

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O Senado da França aprovou nesta quarta-feira, 8, o projeto que aumenta a idade da aposentadoria francesa de 62 para 64 anos. O placar da votação foi de 201 votos a 115, após intensos debates com a esquerda e uma série de protestos de sindicatos trabalhistas nas ruas.

A medida ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Nacional, a outra câmara do Parlamento francês, para entrar em vigor. O prazo para ser votada é até o dia 26 deste mês.

O projeto do governo estabelece que a idade legal de aposentadoria será aumentada de forma progressiva, entre 1º de setembro deste ano até 2030. A cada ano, serão acrescidos três meses na idade legal.

Presidente francês Emmanuel Macron durante a Copa do Mundo do Catar, em 2022. Projeto de previdência do seu governo foi aprovado nesta quarta-feira no Senado Foto: PAUL ELLIS / AFP

PUBLICIDADE

O tempo de contribuição para a aposentadoria integral também vai aumentar de 42 para 43 anos até 2027, a um trimestre por ano.

Caso não seja aprovado na Assembleia Nacional, o governo francês ainda pode prosseguir com a reforma através de um decreto, mas isso seria inédito no país.

O projeto tem uma alta rejeição popular entre os franceses. Milhares de trabalhadores foram às ruas e decretaram greve nos últimos meses para pressionar o presidente Emmanuel Macron a abandonar o projeto de reforma.

A pressão popular é o primeiro teste para Macron após a reeleição do ano passado, que insiste no projeto apesar de pesquisas de opinião pública mostrarem que a maioria dos franceses são contra o plano.

Publicidade

O governo de Macron afirma que a mudança na Previdência francesa é necessária para garantir a viabilidade financeira do sistema à medida que a expectativa de vida aumenta e o número de aposentados se torna cada vez maior, com cada vez menos trabalhadores contribuindo para a Previdência social. /Com informações da AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.