Senado dos EUA aprova pacote de infraestrutura de US$ 1 trilhão, em vitória para Biden

O presidente americano comemorou a decisão bipartidária, dizendo que o plano é 'histórico' para transformar o país; medida precisa ser aprovada pela Câmara

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Por Redação
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WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, 10, o maior plano de reconstrução e modernização de infraestrutura em mais de 70 anos no país, de US$ 1 trilhão, uma vitória para o presidente Joe Biden, que logo comemorou. "O plano histórico de infraestrutura transformará os EUA".

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O pacote será destinado para reconstruir as estradas e pontes em deterioração dos EUA e financiar novas iniciativas climáticas e de banda larga, entregando um componente-chave da agenda do presidente. A aprovação teve uma grande diferença em um raro movimento bipartidário, com 60 votos a favor e 39 contra. 

Esta é "a legislação mais relevante para trabalhadores, idosos, crianças, doentes desde o New Deal de FDR (presidente Franklin Delano Roosevelt) na década de 1930", havia dito o senador independente Bernie Sanders, presidente da Comissão de Orçamentos, antes da votação.

Biden chega de carro elétrico à Casa Branca: presidente aposta em investimento em infraestrutura e energia limpa para desenvolver economia dos Estados Unidos Foto: Evan Vucci/AP

O plano também prevê residência para milhões de migrantes e recursos para dois anos de mensalidades em universidades públicas.

Se for aprovado na Câmara, o plano será a maior injeção de investimento federal em projetos de infraestrutura em mais de uma década, afetando quase todas as facetas da economia americana e fortalecendo a resposta ao aquecimento global, uma demanda crescente em discussões políticas internacionais. Além disso, forneceria níveis históricos de financiamento para a modernização da rede elétrica do país e projetos para melhor gerenciar os riscos climáticos, bem como despejaria centenas de bilhões de dólares no reparo e substituição de projetos de obras públicas envelhecidos.

O plano projeta gastos em 10 anos. Seu futuro na Câmara é mais incerto e dependente de negociações entre as alas de esquerda e centrista dentro da maioria democrata.

A Lei de Investimento em Infraestrutura e Empregos é o primeiro dos dois pacotes de infraestrutura de Biden. O governo e os líderes do Congresso logo se voltarão para um segundo pacote maior, que deve atrair apenas o apoio democrata. 

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A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e os quase 100 membros da bancada Progressista, disseram que não vão votar o pacote até que o Senado aprove justamente esse segundo pacote, de US$ 3,5 trilhões para gastos sociais. 

Esse segundo plano proporcionaria bilhões no que a Casa Branca chama de infraestrutura humana - suporte para creches, assistência médica domiciliar, educação e outros gastos que são prioridades democratas que os republicanos se comprometeram a rejeitar. O debate sobre ele se estenderá até o outono (Hemisfério Norte). / NYT e AFP

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