Senado dos EUA derruba bloqueio democrata contra escolha de Trump para a Suprema Corte

Isso aconteceu depois que os republicanos não conseguiram reunir uma maioria de 60 votos necessária para acabar com o 'filibuster' democrata que buscava rejeitar a confirmação de um juiz conservador para o cargo vitalício

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Por Redação
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WASHINGTON - Os republicanos do Senado dos Estados Unidos conseguiram nesta quinta-feira, 6, derrubar o bloqueio democrata contra o indicado do presidente Donald Trump para a Suprema Corte do país, em uma disputa feroz, ao aprovar uma mudança de regra apelidada de "opção nuclear" para permitir a confirmação do juiz conservador Neil Gorsuch.

Ativistas manifestam apoio à iniciativa democrata contrária à indicação de Gorsuch Foto: AFP PHOTO / MANDEL NGAN

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Com o controle ideológico do mais alto tribunal da nação em jogo, o Senado republicano aprovou por 52 a 48, em linha com a composição partidária da Casa, uma mudança em regras de longa data a fim de proibir uma tática processual de obstrução, chamada de filibuster, contra indicados para a Suprema Corte.

Isso aconteceu depois que os republicanos não conseguiram reunir uma maioria de 60 votos necessária para acabar com o filibuster democrata que buscava rejeitar a confirmação de Gorsuch para o cargo vitalício.

"Em 20 ou 30 ou 40 anos, tristemente vamos apontar para hoje como um ponto de virada na história do Senado e da Suprema Corte, um dia em que irrevogavelmente nos afastamos dos princípios que os nossos fundadores pretendiam para essas instituições: Bipartidarismo, moderação e consenso", disse o líder democrata do Senado, Chuck Schumer.

A confirmação pelo Senado de Gorsuch, de 49 anos, restabelecerá a maioria conservadora do tribunal de nove assentos, permitindo que Trump deixe uma marca indelével na mais alta corte do país, cumprindo uma promessa de campanha do presidente republicano.

A inclinação ideológica do tribunal poderia ajudar a determinar o resultado de casos envolvendo a pena de morte, aborto, controle de armas, regulação ambiental, direitos de transgêneros, direito de voto, imigração, liberdade religiosa, poderes presidenciais e muito mais.

A vaga na Suprema Corte está aberta desde a morte do magistrado conservador Antonin Scalia em fevereiro de 2016. / REUTERS 

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