PUBLICIDADE

Soldados dos EUA são acusados pela morte de civil iraquiano

Os oito membros do Corpo dos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos são acusados de matar um civil iraquiano desarmado

Por Agencia Estado
Atualização:

Sete fuzileiros navais e um marinheiro americano foram acusados por homicídio e outros delitos relacionados à morte de um civil iraquiano em abril passado, anunciou nesta quarta-feira a Corpo dos Fuzileiros Navais Estados Unidos. Segundo uma declaração divulgada na base de Camp Pendleton, na Califórnia, os oito militares também foram acusados de seqüestro, falso testemunho e conspiração. De acordo com a acusação, no dia 26 de abril os fuzileiros retiraram um homem desarmado de sua casa na vila de Hamdania e o mataram a tiros sem um motivo aparente. Os oito, pertencentes ao Terceiro Batalhão do Quinto Regimento dos Fuzileiros Navais, foram trasladados do Iraque e detidos nos EUA enquanto aguardavam a formalização das acusações contra eles. O caso é distinto da suposta matança de 24 civis iraquianos por parte de fuzileiros na cidade de Haditha, em novembro de 2005. Duas investigações relacionadas ao caso continuam sendo conduzidas pelo Corpo dos Fuzileiros Navais, e nenhuma acusação militar foi apresentada até o momento. Paralelamente, as Forças Armadas americanas no Iraque anunciaram que uma acusação de homicídio foi arquivada separadamente contra um quarto soldado do Exército pela morte de três civis iraquianos no dia 9 de maio. Juston R. Graber, de 20 anos, foi acusado por homicídio premeditado, conspiração para cometer homicídio e falso testemunho. Na segunda-feira, as Forças Armadas acusaram três soldados pelas mortes do dia 9 de maio. Ainda não está claro porque as acusações contra o quarto soldado só foram anunciadas nesta quarta-feira. Críticas internacionais Juntos, os casos de Hamdania e Haditha geraram críticas internacionais contra os Estados Unidos, manchando a imagem de uma das mais respeitadas corporações das Forças Armadas americanas, o Corpo dos Fuzileiros Navais. O comandante responsável pelo grupo, general Michael Hagee, visitou o Iraque recentemente para reforçar a importância dos padrões éticos entre os Fuzileiros. "Como comandante, eu estou gravemente preocupado em relação a essas sérias denúncias envolvendo os Fuzileiros em Haditha e Hamdania", disse Hagee em uma coletiva de imprensa no Pentágono no último dia 7. "Eu posso garantir que o Corpo dos Fuzileiros levam elas a sério", acrescentou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.