A Suíça acredita que Israel está violando a Convenção de Genebra em seu conflito com os palestinos, e apóia esforços para se organizar uma conferência de países que assinaram o tratado, afirmou hoje o ministro do Exterior Joseph Deiss. Deiss disse a Nabil Shaat, alto assessor do líder palestino Yasser Arafat, que a Suíça condena a política de Israel de construir assentamentos em terras ocupadas depois da Guerra dos Seis Dias, de 1967. Trata-se de uma violação da Convenção de Genebra, afirmou. Ele também criticou a execução sem julgamento, por parte do Estado israelense, de militantes palestinos suspeitos de ataques contra Israel, e um bloqueio de áreas povoadas por palestinos. Cerca de 200.000 israelenses vivem em 144 assentamentos na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Israel defende sua política de assentamentos, sustentando que a Cisjordânia e Faixa de Gaza são territórios em disputa, e não territórios ocupados, e desta forma a Convenção de Genebra não se aplica a eles. A Suíça é depositária da convenção, que é base da lei humanitária internacional. Os 189 signatários da convenção - incluindo Israel - se comprometem a respeitar o direito dos civis e garantir que os outros ajam desta forma. Shaat disse que os signatários da convenção deveriam promover uma conferência o mais rápido possível, a fim de tratar das supostas violações.