WASHINGTON - A Comissão de Justiça do Senado dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira, 25, que votará na sexta-feira a confirmação do candidato proposto pelo presidente americano, Donald Trump, à Suprema Corte.
Depois da audiência da Comissão na sexta-feira, o Senado tem de votar a confirmação do juiz Brett Kavanaugh em uma sessão plenária, em uma Casa em que os republicanos têm uma maioria de 51-49.
Trump alegou hoje que a segunda mulher que acusou Kavanaugh de abuso sexual não tem credibilidade, porque estava "bêbada".
"A segunda acusadora não tem nada. Ela acha que pode ter sido ele, talvez não", disse Trump. "Ela admitiu que estava bêbada. Ela admite que tem um lapso", declarou o presidente a jornalistas após deixar a sede da ONU em Nova York.
Mais cedo, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que Trump concorda que as duas mulheres que acusaram o candidato à Suprema Corte testemunhem no Senado na quinta-feira.
Deborah Ramírez, uma colega de universidade de Kavanaugh, o acusou de ter-se exibido em uma festa na década de 80 e de tê-la obrigado a tocar em sua genitália.
Essa segunda acusação veio à tona depois que a acadêmica Christine Blasey Ford denunciou outra suposta agressão sexual um pouco antes da universidade.
Em entrevista ao programa Good Morning America, da rede ABC, Sarah Sanders disse que a Casa Branca está aberta a incluir a segunda denunciante na audiência na Comissão de Justiça do Senado.
"Certamente, estamos abertos, e esse processo aconteceria na quinta-feira", afirmou Sarah.
"O presidente foi claro: deixem que elas falem, mas também deixem que o juiz Kavanaugh fale e deixem-no contar sua versão da história, antes de permitirmos que as acusações determinem todo seu futuro", acrescentou a porta-voz.
Até o momento, Trump manteve o apoio a seu candidato.
A Comissão de Justiça do Senado, que examina as candidaturas ao Supremo, ouvirá o testemunho de Ford na quinta-feira. / AFP
