Zuluaga rejeita denúncia e fala em 'montagem'

Presidente Juan Manuel Santos diz que nada o desviará de negociações de paz com as Farc

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CARACAS - Um dia depois do fim da campanha para as eleições presidenciais da Colômbia, Óscar Iván Zuluaga, concorrente apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, falou sobre a revelação de um vídeo em que aparece conversando com um hacker acusado de interceptar comunicações para sabotar o processo de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).O vídeo, publicado no domingo pela revista Semana, mostra Andrés Sepúlveda, atualmente preso, dizendo a Zuluaga que tinha acesso a informações confidenciais. "Esse vídeo passado à revista Semana faz parte de uma vulgar montagem que foi preparada para manchar nossa campanha", disse ontem Zuluaga. "A montagem é uma farsa e não por acaso foi publicada quando ganho pontos nas pesquisas e o presidente candidato cai."Segundo pesquisas de intenção de voto divulgadas recentemente, Zuluaga é o candidato opositor com mais chances de fazer frente nas urnas ao presidente Juan Manuel Santos. O líder colombiano insistiu que os ataques à negociação com a guerrilha não o desviarão de seu caminho para pôr fim ao conflito e condenou o que chama de métodos criminosos da oposição para tentar derrubá-lo. "Gostaríamos que fosse uma campanha baseada em propostas e fizemos o possível para que se mantivesse nesse nível, mas foi impossível."Enrique Peñalosa, candidato da Aliança Verde, pediu a renúncia de Zuluaga e uma resposta na Justiça às acusações.Santos chega fortalecido à eleição em razão de um acordo sobre drogas alcançado na sexta-feira com as Farc e pela trégua alcançada com o grupo guerrilheiro e a facção Exército da Liberação Nacional (ELN). Até o prefeito de Bogotá, Gustavo Petro, saiu em defesa do presidente, que chegou a cassá-lo.Quase 33 milhões de colombianos devem ir às urnas no domingo. As pesquisas indicam empate técnico entre Santos e Zuluaga, que teriam de se enfrentar em um segundo turno em 15 de junho, caso nenhum deles consiga mais de 50% dos votos. / AFP e REUTERS

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