Nanotecnologia é a ciência que permite criar objetos minúsculos por meio da organização de átomos e moléculas conforme o desejado. A técnica permite manipular materiais com dimensões de 100 nanômetros ou menos. Um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro (um fio de cabelo tem 30 mil nanômetros). Tal ciência permite fazer máquinas ou mesmo modificar matérias-primas. E, embora pareça coisa de ficção científica, esse recurso já é utilizado há algum tempo pela indústria automobilística mundial. Mas apesar das inúmeras possibilidades geradas pelo emprego dessa tecnologia, sua utilização em veículos ainda é pequena. Isso porque os custos ainda são bem altos. A Mercedes-Benz, por exemplo, conta com o recurso para aumentar a durabilidade e o brilho da pintura de seus veículos. A empresa utiliza desde o fim de 2003 um verniz especial que contém partículas cerâmicas microscópicas, que endurecem durante o processo de secagem da tinta, formando uma extensa rede interligada. De acordo com a montadora, as nanopartículas oferecem uma resistência três vezes maior contra os riscos do que os produtos convencionais. Em testes de laboratório, a pintura dos mais de 150 carros do programa demonstrou resistência a riscos significativamente maior (cerca de 40%) e brilho superior quando comparada a modelos pintados de forma convencional. Audi No fim do ano passado a Audi mostrou, durante uma feira de nanotecnologia em São Paulo, um A3 Sportback repleto de recursos nanotecnológicos. O carro tinha, por exemplo, painel de instrumentos que reduz os reflexos da luz externa e retrovisor interno fotocrômico. Outro destaque era um sistema que forma uma espécie de filme no pára-brisa e permite que, a mais de 60 km/h, não seja necessário usar o limpador. Isso porque as gotas de água escorrem por sua superfície. Várias montadoras também desenvolvem produtos que utilizam a nova tecnologia, como revestimentos de anéis de vedação, além de pneus com borracha mais resistentes ao calor e desgaste.
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