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Bancos brasileiros usarão dados reais em testes de blockchain em 2018

A tecnologia por trás do bitcoin é testada por 17 instituições financeiras do País; protótipo que usará dados de clientes ainda não foi definido

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Ilustração de uma moeda de bitcoin Foto: REUTERS/Dado Ruvic/lllustratio

*Atualizado às 14h54 dessa sexta-feira, 22, para adicionar correções

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Os bancos brasileiros vão fazer os primeiros testes com blockchain usando dados reais em 2018. O protótipo estará disponível para 17 instituições financeiras interessadas em aplicar a tecnologia que foi criada para ser o ‘esqueleto’ do bitcoin.

O protótipo será construído durante as reuniões do Grupo de Trabalho de Blockchain, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) desde agosto de 2016. Ao todo, 17 instituições financeiras e o Banco Central participam dos trabalhos – entre elas os cinco principais bancos do País: Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Santander.

“Todos os protótipos são pensados e construídos de forma colaborativa entre os funcionários das instituições financeiras participantes”, diz Adilson Fernandes da Conceição, coordenador do Grupo de Trabalho de Blockchain da Febraban. “Mas até o momento só fizemos protótipos para entender a tecnologia, testando-a com informações fictícias. Estamos definindo qual projeto faremos ano que vem para testar a aplicação de dados reais, mas em uma pequena escala”, completa.

O executivo diz que todos os testes e estudos de blockchain feitos pelo grupo são projetados para aplicações fechadas, sem liberação de acesso público, como ocorre nas criptomoedas. “Nossa ideia é pesquisar exclusivamente a tecnologia blockchain em processos. Não lidamos com o bitcoin”, diz.

Entre as funcionalidades já testadas está a de um cadastro único entre os bancos, armazenados em uma cadeia de blockchain. Na prática, clientes de um banco-membro do blockchain poderiam autorizar que a instituição enviasse seus dados para um banco concorrente, mas que também fosse membro da cadeia. Assim, o usuário evitaria a necessidade de repetir o cadastro em outra instituição e agilizaria os processos internos dos bancos. Segundo Conceição, a ideia do projeto partiu do grupo de trabalho da Febraban. 

Funcionalidade. O blockchain ganhou fama após o boom das cripotomoedas – em especial o bitcoin.

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A tecnologia funciona como um livro de registros e pode ser usada para evitar fraudes e roubos de objetos e valores. Não há registros oficiais de instituições financeiras brasileiras tradicionais que usem blockchain em suas operações, apenas fintechs.

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