O Facebook está testando uma nova versão do seu recurso de indicação de “artigos relacionados”. Agora, as notícias semelhantes aparecerão no Feed de Notícias independentemente de o usuário ter clicado no link da matéria, e virão acompanhadas de artigos de organizações de checagem de fatos quando for possível.
Adicionados ao Facebook em 2013, os “artigos relacionados” só aparecem no Feed quando o usuário lê a matéria e volta para a rede social, que hoje não disponibiliza nenhuma informação sobre a veracidade das informações divulgadas.
A mudança, na verdade, é uma tentativa de mostrar variáveis suficientes para que o usuário consiga decidir por si só se a informação veiculada é verdadeira ou não. Assim, ao ver uma manchete suspeita, a pessoa poderá compará-la com notícias de grandes veículos, facilitando a decisão de abrir ou não o link.
Em comunicado, o Facebook disse que o recurso “deverá fornecer para as pessoas um acesso mais fácil a novas perspectivas e informações, incluindo artigos de agências de checagem de fatos”. Também foi divulgado que não haverá publicidade entre os artigos relacionados.
A empresa informou que, por enquanto, o novo modelo de “artigos relacionados” está em fase de teste, então se ele não se mostrar útil, não será disponibilizado para todos os usuários. O Facebook também ressaltou que as Páginas não precisarão se preocupar com mudanças no alcance de suas publicações no Feed de Notícias.
Críticas. Durante as eleições dos Estados Unidos em 2016, o Facebook foi duramente criticado por permitir a proliferação de notícias falsas. Após as reclamações, a rede começou a trabalhar com organizações de checagem de fatos para colocar avisos em artigos muito populares.
Mark Zuckerberg disse, em manifesto, que uma das formas de combater o problema das notícias falsas seria ampliando a visão das pessoas. “Uma abordagem mais eficiente seria mostrar várias perspectivas, deixar que as pessoas vejam em um espectro maior e permitir que elas cheguem a conclusões que considerem corretas”.