Em 2007, o acesso à internet feito em lan houses superou os realizados em domicílios em nove pontos percentuais pela primeira vez no Brasil. O Comitê Gestor da Internet (CGI.br) lançou neste ano o relatório TIC Lanhouses no qual mostra a inversão deste quadro. As lan houses estão perdendo mercado e, segundo os pesquisadores, correndo risco de sumirem do mapa.
Em 2009, a taxa de acesso por domicílio retomou sua posição, saindo do patamar dos 40% para 48%. As lans, na outra ponta, saíram dos seus 49% de 2007 e caíram para 45% em 2009.
Juliano Capri, um dos responsáveis pela pesquisa, credita isso à pouca diversidade dos serviços ofertados. Para ele, jogos já não são mais suficientes. “Se elas não perderem esse caráter de games, vão desaparecer”, afirmou.
O aumento do poder de compra da classe C também contribui para a virada. Em 2005, cerca de 18% dos entrevistados tinham computador ou laptop em casa. Ano passado esses bens estavam em 39% das casas.
Paulo Watanabe, vice-presidente da Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital, rejeita a ideia de extinção das lan houses, mas concorda que o modelo de negócio terá de mudar. Ele aponta a informalidade e a falta de informação dos gestores como barreiras.
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