Apple atinge US$ 3 trilhões em valor de mercado com otimismo sobre o iPhone

Ações da empresa cresceram 35% até maio deste ano

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Foto do author Bruno Romani
Foto do author Alice Labate
Por Bruno Romani e Alice Labate
Atualização:

A Apple fez de novo. As ações da companhia se valorizaram 2,31% nesta sexta, 30, levando ela a ultrapassar a barreira dos US$ 3 trilhões em valor de mercado - para atingir a marca, era necessário que a ação atingisse o preço de US$ 190,73, mas os papeis fecharam o pregão em US$ 193,97. Assim, a companhia fechou o dia avaliada em US$ 3,05 trilhões.

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Não é a primeira vez que a companhia atinge a marca: em janeiro de 2022, a Apple ultrapassou a barreira, mas não chegou ao final do pregão com o mesmo valor. Não é o caso agora e a gigante se consolida como a primeira empresa do mundo a valer US$ 3 trilhões.

É a Apple terceira vez seguida que a empresa bate um recorde trilionário. Ela foi a primeira companhia a atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado (em 2018) e a primeira a atingir US$ 2 trilhões (em 2020).

No processo, a companhia enfrentou problemas nos mercados asiáticos e uma desaceleração global do consumo devido ao cenário macroeconômico de inflação e alta dos juros. Em janeiro deste ano, a Apple chegou a sair da marca dos US$ 2 trilhões em valor de mercado, porém as ações voltaram a crescer. A empresa não só se recuperou, como também atingiu a avaliação de US$ 3 trilhões, aumentado a distância entre rivais. A segunda empresa mais valiosa do mundo atualmente está bem atrás: a Microsoft, com avaliação de US$ 2,5 bilhões.

O ciclo de valorização não deve parar. A consultoria Wedbush Securities estima que a Apple deve atingir valor entre US$ 3,5 trilhões e US$ 4 trilhões ao final de 2024.

Apple é a primeira empresa pública a alcançar a marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado Foto: Yves Herman/Reuters

Por que a Apple vale US$ 3 trilhões?

Segundo a consultoria Wedbush Securities, a companhia tem uma grande oportunidade para que clientes comprem o iPhone 14 já que 25% da base de clientes não trocam de telefone há 4 anos - a consultoria vê também a possibilidade de um “mini super ciclo” de iPhone 15, que deve ser lançado no próximo mês de setembro. A consultoria vê possibilidade de crescimento acelerado nos próximos 12 a 18 meses.

“A Apple vem ganhando consistentemente mercado das outras fabricantes de celular e isso deixa os investidores muito animados. Nos EUA, o market share é de 50%, mas quando você olha para os mais jovens, a fatia é ainda maior”, diz ao Estadão Leonardo Otero, sócio-fundador da Arbor Capital.

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No primeiro trimestre de 2023, a Apple tinha a segunda maior fatia do mercado global de smartphone, com 20,5%, segundo dados da consultoria IDC. Primeira colocada, a Samsung tinha 22,5%. Um ano antes, a Samsung tinha 23,7% contra 18% da Apple.

Além disso, a companhia pode desbravar um novo mercado com os óculos de realidade virtual Vision Pro. O anúncio do Vision Pro animou investidores e especialistas já previam que a empresa alcançasse a marca dos US$ 3 trilhões.

O Vision Pro foi apresentado no início deste mês, durante o Worldwide Developers Conference (WWDC). Na conferência, a empresa também apresentou novos modelos de aparelhos da marca além das atualizações de software para seus produtos - analistas também estão otimistas sobre o crescimento na área de computadores pessoais.

Após o sucesso do chatbot de IA, ChatGPT, analistas também acreditam que a companhia possa se do barulho em torno da inteligência artificial (IA). Embora, seja muito cautelosa para tocar no assunto, a gigante tem um grande trunfo nas mãos. “Com a popularização da IA, todo mundo vai precisar de um aparelho para lidar com esses sistemas e isso conta muito para a Apple”, diz Otero.

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