CEO da Apple reduz próprio salário de US$ 99 milhões para US$ 49 milhões ao ano

Redução de 40% da remuneração de Tim Cook deve ser aprovada por investidores da companhia

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Atualização:

O presidente executivo da Apple, Tim Cook, decidiu reduzir o próprio salário em 40%, conforme documento protocolado na quinta-feira, 12, à SEC, entidade americana equivalente à CVM, autarquia reguladora do mercado de capitais. Com isso, a remuneração do CEO cai de US$ 99 milhões em 2022 para US$ 49 milhões em 2023.

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De acordo com o documento, o ajuste se deve a uma mudança nas estrutura de ações premiadas atreladas ao salário do executivo — ou seja, o sucesso da empresa afeta a compensação final. Em 2022, o salário mensal de Cook foi de US$ 3 milhões, mas US$ 83 milhões vieram desse acordo.

O documento protocolado também aponta que a iniciativa partiu de investidores e do próprio Cook, que sucedeu Steve Jobs em 2011 antes da morte do pai do iPhone. Com 62 anos de idade, o executivo prometeu doar a própria fortuna, avaliada em cerca de US$ 1,7 bilhão, antes de sua morte.

Maior empresa de capital aberto do mundo, a Apple é avaliada hoje em cerca de US$ 2,12 trilhões, depois de cair para US$ 1,98 trilhão em 4 de janeiro. Em janeiro de 2022, a empresa alcançou de US$ 3 trilhões de valuation; de US$ 2 trilhões em agosto de 2020 e de US$ 1 trilhão em outubro de 2019 — nessas três vezes, foi a primeira empresa de capital aberto a atingir tal marco.

Assim como outros companhias de tecnologia, a Apple vem sofrendo pressão de investidores por maior rentabilidade e eficiência do negócio. Isso levou à companhia a reduzir o ritmo de contratações e até a congelar algumas vagas.

Além disso, a empresa sofre reveses geopolíticos que afetaram a produção do iPhone, principal produto da empresa, durante as festas de fim de ano, período crítico para a Apple aumentar as vendas.

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