O Twitter revelou nesta quinta-feira, 7, que dispensou 30% do seu time de aquisições de talentos, frente à incerteza sobre a negociação de venda da rede social para Elon Musk. De acordo com a empresa, o corte afeta menos de 100 pessoas, mas é um indicativo de que está pressionada com o acordo de US$ 44 bilhões oferecido por Musk.
No anúncio desta quinta, o Twitter afirmou que apenas a área de atração de talentos seria afetada pelas demissões. De acordo com fontes ouvidas pelo jornal americano Wall Street Journal, os funcionários desligados receberam, na manhã de quinta-feira, um aviso de reunião via agenda virtual.
Os cortes, segundo essas mesmas fontes, foi inesperado, mas não surpreendeu. Isso porque, desde o congelamento de contratações, os recrutadores já estavam sem muito trabalho.
Essa não é a primeira indicação de que o Twitter está revendo seu quadro de funcionários. Em maio deste ano, a empresa afirmou que estava congelando as contratações e analisando cenários para cortar gastos na companhia. O movimento tem sido comum nas gigantes de tecnologia — a Meta, holding do Facebook, e a Microsoft também já indicaram a diminuição ou o congelamento de vagas.
Novela
Desde o começo deste ano, o Twitter vive uma trama de novela com a possibilidade de compra da rede social por Elon Musk. O presidente da Tesla fez uma oferta de US$ 44 bilhões pela plataforma, mas as negociações foram paralisadas porque Musk contestou o número de contas inautênticas na plataforma.
Enquanto o Twitter afirma que as contas falsas e bots chegam a 5%, Musk aponta que esse número deve ser por volta de 20%. Nesta semana, o Twitter voltou a defender que o cálculo feito pela empresa é apurado, o que prorrogou a negociação da venda da rede social.