Facebook alerta funcionários sobre 'ventos contrários' e crescimento lento

Chris Cox, um dos principais executivos da companhia, falou sobre orçamentos mais apertados e desaceleração em contratações e projetos

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Por Redação Link
Atualização:
Meta prevê tempos difíceis pela frente Foto: Carlos Barria/Reuters

A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, avisou aos funcionários que a empresa passará por “tempos difíceis” e que os “ventos contrários são ferozes”. A informação é de um comunicado interno distribuído aos funcionários e noticiado pela Reuters na quarta-feira, 30, e divulgado na íntegra pelo site americano The Verge.

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A nota, assinada pelo diretor de produtos Chris Cox, descreve as prioridades de investimento para o segundo semestre de 2022 e orienta os funcionários a priorizarem “de forma mais implacável” e a operarem “equipes mais enxutas”. “Precisamos executar com perfeição em um ambiente de crescimento mais lento, onde as equipes não devem esperar grandes influxos de novos engenheiros e orçamentos”, escreveu Cox. 

O diretor destacou seis áreas prioritárias para o investimento no segundo semestre. Elas incluem produtos do metaverso, inteligência artificial, monetização e o atendimento aos novos requisitos de privacidade. Uma das apostas da empresa é a monetização dos Reels, formato de vídeos curtos parecido com o TikTok, “o mais rápido possível”. 

Setor de tecnologia desacelera

As mudanças de privacidade que afetam a publicidade da Meta e a situação macroeconômica são os maiores desafios de receita, diz Cox no memorando. Em maio, a Meta já havia congelado contratações de equipes. No último trimestre, a empresa registrou o crescimento mais lento nos últimos 10 anos.

A gigante, porém, não está sozinha. A alta global dos juros, a guerra da Ucrânia e o momento de retomada pós-covid vêm apresentando dificuldades ao setor de tecnologia, que acabou ficando com menos dinheiro de investidores disponível. 

A Netflix, por exemplo, demitiu 450 pessoas em 2022 — 150 em maio, e 300 em junho.  A companhia também viu seu número de assinantes cair pela primeira vez em 11 anos. A queda de 200 mil assinantes nos primeiros três meses de 2022 foi resultado da guerra da Ucrânia, que levou a plataforma a suspender seu serviço na Rússia.

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No Brasil, as startups também sentem os impactos da desaceleração da economia. Empresas como Mercado Bitcoin, Zak, Sami, QuintoAndar, LivUp, Loft, Facily, Olist, Kavak, Vtex e Sanar realizaram cortes nas equipes nos últimos dois meses. 

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