A Microsoft teve receita de US$ 32,5 bilhões no período entre outubro e dezembro de 2018, em alta de 12% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado da empresa foi puxado, mais uma vez, pelo bom desempenho das áreas de computação em nuvem e do pacote de produtividade Office 365, que tiveram crescimento de receita de 24% e 34%, respectivamente. A empresa teve ainda lucro líquido de US$ 8,4 bilhões ao longo do período.
Antes da divulgação dos resultados, a expectativa do mercado financeiro chegou a fazer as ações da empresa subirem 3,5%, levando a Microsoft a ultrapassar a Amazon como empresa mais valiosa do mundo. Após a divulgação dos resultados, no entanto, a empresa viu seus papeis serem negociados com queda de cerca de 3% após o fechamento do mercado, fazendo-a ser avaliada em cerca de US$ 792 bi. Já a Amazon era avaliada após o fim do pregão em torno de US$ 820 bi.
Na visão de analistas, a Microsoft teve bom desempenho mas não foi capaz de responder às expectativas altas do mercado. Em especial, pesou a queda no ritmo de crescimento da divisão de negócios em nuvem Azure, que cresceu 76% ano-contra-ano; no 4º tri de 2017, esse crescimento havia sido de 98%. "Ainda assim, é um crescimento sólido", disse Patrick Moorhead, analista da Moor Insights & Strategies, em sua conta no Twitter.
Outras áreas. A Microsoft também teve um desempenho sólido em setores como a linha de dispositivos Surface (tablets e PCs), cuja receita subiu 39% na comparação ano a ano. O faturamento com serviços e jogos para o sistema Xbox, por sua vez, subiu cerca de 31% em relação ao mesmo período de 2017. A rede social LinkedIn, por sua vez, teve crescimento de 29% na receita; a plataforma também apresentou crescimento de engajamento de seus usuários em torno 30%, disse a Microsoft.
"Nossos resultados refletem as parcerias que temos feitos com empresas em todos os campos, de varejo a serviços financeiros", disse o presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella, em comunicado aos investidores.
Com destaque negativo, a empresa teve queda de 5% na receita com as vendas do sistema operacional Windows – algo compreensível em um momento que o mercado de PCs se desacelera.