A Sony vai voltar a vender câmeras profissionais, lentes e acessórios de produção de imagens no mercado brasileiro, afirmou a empresa nesta quinta-feira, 30, com exclusividade ao Estadão. A companhia japonesa retorna ao Brasil em parceria com a Merlin, distribuidora de equipamentos audiovisuais, seis meses após a empresa encerrar as atividades no País.
A parceria com a Merlin vai trazer modelos populares da época que a empresa tinha fábrica no Brasil, além de produtos voltados para profissionais de produção especializados na área, afirma Ana Malerbi, gerente de marketing da Sony.
“A Sony Brasil está em um período dormente, mas a gente entende que existem categorias que estavam com demanda por aqui, então seguimos tentando achar alguma maneira de continuar no mercado brasileiro. Vamos conseguir voltar com as câmeras e com o portfólio de lentes dentro desses próximos meses”, explica Ana, em entrevista ao Estadão.
Não é a primeira vez que produtos da Sony retornam ao Brasil após o fim de suas operações por aqui. Em julho, a empresa voltou a comercializar fones de ouvido em conjunto com a Multilaser, também com importações. A marca brasileira passou a vender os dispositivos em suas lojas virtuais e físicas — o portfólio, até então, contava com 23 produtos.
Para a venda das câmeras, Ana explica que buscou parceria com a Merlin pela afinidade com a área de fotografia e vídeo. Segundo a gerente, fazia mais sentido fechar o negócio com uma distribuidora que já estava imersa no setor para otimizar as vendas também em lojas especializadas, que não necessariamente inclui o grande varejo. Por enquanto, a empresa não pensa em expandir a estratégia para outros produtos da marca.
“Estamos com essas duas frentes. O foco agora são esses produtos importados. São as demandas que a gente enxerga e que seguem com alto potencial de crescimento. Não estamos olhando para outros produtos no momento”, afirma Ana.
Serão 25 produtos, entre câmeras, lentes e acessórios. A Sony não especificou o tempo de duração da parceria, mas afirmou que a venda desses dispositivos deve começar até o final do ano. Sobre os preços, Ana afirma que ainda serão ajustados no mercado e que poderão sofrer impacto do dólar. A previsão é que as câmeras cheguem por volta de R$ 8,4 mil, lentes por R$ 2 mil e acessórios a partir de R$ 500.
*É estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani
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