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Twitter ganha 4 milhões de usuários, mas prevê primeiro lucro da história

Empresa chegou a 330 milhões de usuários ativos mensalmente, apenas 2 milhões acima do último trimestre; corte de custos pode levar empresa a lucrar no 4º trimestre

Por Agências
Atualização:
Twitter abandona os 140 caracteres originais. Rede passa a testar um limite de 280. Foto: Kacper Pempel/Reuters

O Twitter anunciou nesta quinta-feira, 26, que superestimou seu número de usuários nos últimos três anos. A revelação foi feita durante a divulgação dos resultados financeiros para os meses entre julho e setembro deste ano. Mesmo com a revisão, a empresa apresentou baixo crescimento: ao todo, o Twitter hoje soma 330 milhões de usuários mensalmente ativos – só 4 milhões a mais do que tinha no fim de junho. 

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A alta é resultado das perspectivas que o Twitter anunciou junto aos resultados. A companhia liderada por Jack Dorsey espera registrar lucro pela primeira vez na história no quarto trimestre deste ano.

No terceiro trimestre, a rede social teve receita de US$ 590 milhões, 4% a menos do que os US$ 616 milhões registrados há um ano. Segundo o Twitter, a redução se deve ao fechamento de um produto de publicidade.

No 3º trimestre, a empresa registrou prejuízo de US$ 21 milhões – menor que os US$ 103 milhões registrados há um ano. A meta da companhia é continuar cortando gastos e atrair novos usuários.

Mudanças. Nos últimos meses, a empresa ganhou uma nova relevância ao se tornar o principal meio de comunicação do presidente norte-americano Donald Trump. Além disso, o Twitter tem investido em uma série de eventos ao vivo, incluindo transmissões de shows, notícias e eventos de esportes. 

A empresa também tem promovido mudanças radicais em sua estrutura -- a principal delas foi estender seu clássico limite de 140 caracteres por mensagem para 280 caracteres, tentando fazer as pessoas se expressarem melhor. 

A mudança para expandir o tamanho dos tuítes é uma medida drástica tomada pela empresa, mas que tem antecedentes: nos últimos dois anos, após o retorno do cofundador Jack Dorsey ao cargo de presidente executivo em outubro de 2015, a empresa parou de contar os caracteres de links e imagens dentro dos tuítes, bem como o nome de outros usuários, para dar mais "espaço" aos seus usuários. 

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As novidades provocaram a ira dos usuários, em críticas que foram rebatidas por Dorsey, dizendo que o limite de 140 caracteres era para sempre. Agora, a empresa se prepara para as críticas. "Entendemos que muitos de vocês que estão tuitando há anos têm ligação emocional com 140 caracteres", disse a empresa. "Mas tentamos isso, vimos seu novo poder e acreditamos nesse novo, ainda breve, limite." 

Hoje, o Twitter precisa crescer para conseguir aumentar suas vendas de publicidade e seu alcance entre usuários – algo que não tem sido apresentado nos últimos trimestres. Nos últimos dois anos, a empresa ganhou apenas 24 milhões de usuários, perdendo relevância e espaço para rivais como o Instagram. 

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