Uber vai construir laboratório em Paris para carros voadores

A empresa investirá US$ 23,5 milhões em um centro de pesquisa e desenvolvimento na capital francesa

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Por Redação Link
Atualização:
Uber quer tornar frota de carros voadores realidade até 2023. Foto: Uber

O aplicativo de transportes Uber anunciou nesta quinta-feira, 24, que construirá um novo laboratório em Paris para desenvolver o Uber Elevate, sistema responsável pela operação de carros voadores da empresa. O Centro de Tecnologias Avançadas de Paris é o primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa fora da América do Norte.

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Para construir o local, o Uber investirá US$ 23,5 milhões nos próximos cinco anos. Será necessário organizar em Paris todas as tecnologias necessárias para o desenvolvimento dos carros voadores, inclusive algoritmos de inteligência artificial e sistemas de controle de tráfego aéreo. 

“A França é o lugar perfeito para desenvolvermos o Uber Elevate e novas iniciativas de tecnologia”, disse o presidente executivo do Uber, Dara Khosrowshahi. Para ajudar no desenvolvimento do projetos de carros voadores, a empresa anunciou também uma parceria de cinco anos com a École polytechnique, uma universidade de Paris que é referência na área de engenharia. 

A construção do laboratório em Paris não significa que em breve serão realizados testes com carros voadores na cidade. Até agora, as únicas cidades que concordaram em receber testes de carros voadores a partir de 2012 foram Dallas e Los Angeles. 

O Uber está investindo nesse tipo de transporte por acreditar que, no futuro, os transportes planos não atenderão à demanda de transporte das cidades. “Percebemos que aumentar uma dimensão na mobilidade urbana era um ingrediente necessário na transformação”, disse o presidente executivo da empresa recentemente em entrevista ao site The Verge

Desafios. O principal questão que o Uber deve enfrentar no desenvolvimento dos carros autônomos é que ainda não existem aeronaves elétricas e autônomas disponíveis no mercado. Para resolver o problema, a empresa está trabalhando diversos modelos em parcerias com a Embraer, Bell Helicopters e Pipistrel, além de tentar desenvolver seus próprios conceitos de táxi voador.

A segunda dificuldade serão os custos do sistema. Como pretende começar os testes com os veículos em algumas cidades já em 2020, a empresa estima que os valores das aeronaves serão muito altos a princípio, e que precisará de um grande investimento para massificar o transporte a partir de 2023.

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