Para onde vai o jornalismo online

PUBLICIDADE

Por Fernando Martines
Atualização:

Durante os dias 9, 10 e 11, os 247 lugares do auditório do Itaú Cultural, na avenida Paulista, em São Paulo, ficaram quase completamente ocupados para conferir o MediaOn. O objetivo era discutir jornalismo online, mas o evento foi bem além disso.

PUBLICIDADE

Susan Grant, vice-presidente da área online da CNN, e Aron Pilhofer, editor de notícias interativas do New York Times, abriram o evento afrirmando que o texto não está perdendo espaço para fotos, vídeos, animações e games. Para Grant, o texto “está tomando uma nova proporção. No começo a web era só texto e agora as outras mídias estão se desenvolvendo”. Pilhofer deu a máxima: “Temos sempre que refletir qual a melhor, a mais impactante maneira de contar uma historia? E aí usar as ferramentas que temos à disposição”.

No dia seguinte, o tema foi o papel da web nas eleições, com os coordenadores das campanhas online dos principais candidatos à presidência. Para Marcelo Branco, que trabalhou para Dilma Roussef, o marco foi a lei eleitoral. Soninha, da campanha de Serra, e Caio Túlio Costa, de Marina Silva, divergiram. Enquanto ela não teve grandes expectativas, Costa disse que “se não fosse a web, a eleição não teria ido para o segundo turno”.

No último dia do evento, Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Grupo Estado e Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha de S. Paulo, foram os donos do microfone. “O meio internet ainda é a novidade. Quando deixar de ser, o conteúdo vai sobressair”, disse Gandour. Dávila acha que a adaptação definitiva será quando o repórter “sair para a rua sem saber para ponde vai produzir, papel ou web. Isso não vai importar”.

—- Leia mais:Nem Google, nem AppleLink no papel 15/11/2010

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.