
02 Agosto 2014 | 11h11
Cerca de 70 especialistas trabalharam no local pelo segundo dia consecutivo, após um acordo de cessar-fogo local entre o Exército ucraniano e os rebeldes, disse a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
“Dia longo pela frente. Trabalho intensivo com foco na recuperação dos restos das vítimas”, afirmou no Twitter o órgão, que tem oito representantes no local.As estradas estavam há dias muito perigosas devido ao conflito e isso frustrou os esforços para recuperar os restos de todas as 298 vítimas fatais e avançar na investigação da causa do desastre.Autoridades ucranianas afirmaram nesta semana que cerca de 80 corpos ainda não foram recuperados após a queda do Boeing 777.Os especialistas, que incluem holandeses e australianos, recuperaram mais restos mortais na sexta-feira, mas a segurança no local foi classificada como “instável e imprevisível”. Entre os 298 mortos, havia 196 holandeses, 27 australianos e 43 malaios.
Os Estados Unidos dizem que os separatistas provavelmente derrubaram o avião por engano com um míssil de fabricação russa. Os rebeldes e Moscou negam a acusação e atribuem a derrubada da aeronave em 17 de julho à campanha militar de Kiev para reprimir a revolta dos separatistas.
O Exército ucraniano disse que suas forças não sofreram baixas durante o conflito na madrugada, embora foram registrados tiroteios contínuos em algumas áreas, incluindo disparos de tanques e mísseis ao redor de Luhansk, cidade controlada pelos rebeldes.
Os militares relataram três casos de tiroteio do outro lado da fronteira com a Rússia, uma acusação cada vez mais frequente contra Moscou. A Rússia nega, e a agência de notícias russa RIA citou os guardas de fronteira dizendo que nove projéteis foram disparados do território ucraniano em direção ao território russo.
(Reportagem de Maria Tsvetkova, em Donetsk; de Pavel Polityuk e Timothy Heritage, em Kiev; e de Alexander Winning, em Moscou)
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