Apresentador de TV israelense é encontrado enforcado na prisão

Dudu Topaz, o 'rei da audiência', aguardava julgamento por mandar espancar executivos da TV local.

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Por Guila Flint
Atualização:

Um dos apresentadores de TV mais populares de Israel, Dudu Topaz, foi encontrado enforcado no banheiro de sua cela na prisão em que aguardava julgamento sob acusação de ter ordenado o espancamento de executivos da mídia local. Dudu Topaz, que durante anos foi considerado o "rei da audiência" da TV israelense, teria se suicidado na prisão de Nitzan, usando o fio de uma chaleira elétrica para se enforcar. A notícia do suicídio, na manhã desta quinta-feira, teve grande destaque e repercussão em Israel. Dudu Topaz, de 63 anos, já tinha tentado se suicidar há dois meses e, segundo seu advogado, Tzion Amir, e sofria de depressão. Sua cela era vigiada com câmeras, exceto o banheiro. As autoridades responsáveis pelas prisões de Israel já anunciaram a formação de uma comissão para investigar possíveis falhas dos funcionários da cadeia, que teriam possibilitado o suicídio. A carreira de Topaz - um comediante e apresentador de programas de variedades - vinha decaindo nos últimos anos. Poucos meses antes de ser preso, ele tinha enviado várias propostas de novos programas a executivos do canal 2, mas todas foram rejeitadas. O apresentador foi preso em maio, acusado de ter encomendado uma surra no diretor do canal 2 da TV, Avi Nir, e na vice-diretora, Shira Margalit. Ambos foram violentamente espancados por pessoas contratadas por Topaz, que admitiu a responsabilidade pelos ataques. Segundo a polícia, ele era "um homem perigoso, violento e sem-limites, que durante meses planejou minunciosamente sua vingança contra o mundo da mídia só porque que sentiu que sua carreira estava decaindo". De acordo com o advogado, "Topaz não se conformava com o declínio de sua carreira, era viciado pelo amor do público e não podia viver sem ele". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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