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Condenados os assassinos de promotor no Recife

Por Angela Lacerda
Atualização:

Depois de 22 horas de julgamento, foram condenados ontem à noite, no Recife, os assassinos do promotor de Justiça Rossini Alves Couto, morto com um tiro na cabeça e outro na nuca em maio de 2005, quando almoçava em um restaurante ao lado do fórum da cidade de Cupira, no agreste. O ex-policial militar José Ivan Marques de Assis e o comerciante Silvonaldo Leobino da Silva foram condenados por homicídio triplamente qualificado. O primeiro, autor dos disparos, teve votação unânime do júri (7 a 0) e foi condenado a 24 anos de prisão. O segundo - que dirigiu a moto, conduzindo o assassino - teve pena arbitrada em 20 anos com votação do júri em 6 a 1. Os advogados de defesa irão apelar da sentença. Como as penas ultrapassaram os 20 anos, os réus terão direito a um segundo julgamento, também em júri popular. A data ainda será marcada pela Justiça. O resultado emocionou familiares e colegas de trabalho de Rossini. O Ministério Público de Pernambuco liberou os promotores - que compareceram em peso - para acompanhar o julgamento, que teve início na manhã de anteontem no Fórum Thomaz de Aquino, no Recife. "Foi feita justiça", afirmou o procurador-geral Paulo Varejão. "Embora a pena não represente nada em comparação com a vida ceifada, estas condenações não deixam de ter sua simbologia para o Ministério Público, porque inibem quem porventura tenha hoje a intenção de atentar contra um promotor de Justiça". Na sentença, o juiz Pedro Odilon ressaltou a frieza e objetividade com que o ex-PM preparou o assassinato de Rossini.

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