Crédito de R$1,1 bi para capital de giro do café sairá no Plano Safra

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Por Redação
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O setor de café do Brasil contará com uma linha de 1,1 bilhão de reais para financiamento de capital de giro na colheita deste ano, mas os recursos integrarão o Plano Safra 2014/15, que será divulgado provavelmente em meados de maio, segundo o Ministério da Agricultura. O montante vai se somar a recursos de 2,92 bilhões de reais em financiamentos aprovados na quinta-feira à noite pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), por meio da resolução 4.325. A linha de financiamento de capital de giro constava originalmente da proposta do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) para os recursos do Funcafé. "O valor está aprovado e será divulgado junto com o Plano Safra 2014/2015. Esta é a razão por não ter sido incluído na Resolução 4.325", disse o diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Janio Zeferino da Silva, esclarecendo por email questionamento da Reuters. Com a linha de capital de giro, o montante direcionado pelo governo para financiamentos da cafeicultura poderia superar 4 bilhões de reais, ante 3,16 bilhões de reais de 2013. A proposta original do CDPC incluiu na linha de capital de giro 200 milhões de reais para as indústrias de café solúvel, 300 milhões de reais para as indústrias de torrefação de café, 400 milhões de reais para as cooperativas de produção e 250 milhões de reais para exportação. Já os recursos aprovados na quinta-feira ao Funcafé pelo CMN incluem financiamentos de operações de custeio (845 milhões de reais); estocagem (até 1,3 bilhão de reais); Financiamento para Aquisição de Café (até 750 milhões de reais); financiamento de contratos de opção e de operações em mercados futuros (até 10 milhões) e financiamento para recuperação de cafezais danificados (até 20 milhões de reais). PREÇO MÍNIMO O preço mínimo do café robusta foi reajustado em 15,48 por cento, passando para 180,80 por saca de 60 kg, de acordo com nota do Ministério da Agricultura divulgada nesta sexta-feira. O preço mínimo costuma ser utilizado nas operações de apoio à comercialização de produtos agrícolas do governo. Em geral, o governo atua para garantir que o preço de mercado não caia abaixo do mínimo. O ministério atendeu a uma reivindicação dos cafeicultores do Espírito Santo, principal produtor brasileiro de café robusta. Segundo nota do ministério, o reajuste cria melhores condições de acesso ao crédito para todos os produtores do Estado. A nota do ministério não detalha se está em curso alguma operação relacionada ao café robusta. Entretanto, os preços de mercado, a cerca de 250 reais/saca atualmente, estão acima do mínimo. Não foi alterado o preço mínimo do café arábica, que predomina na produção nacional, que está em cerca de 343 reais por saca. (Por Roberto Samora)

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