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Dez soldados da UA morrem na Somália e Quênia envia reforços

Por FEISAL OMAR E ABDI SHEIKH
Atualização:

O Quênia enviou nesta sexta-feira mais soldados para combater a milícia Al Shabaab no sul da Somália, e a força de paz da União Africana admitiu que dez dos seus soldados morreram em uma intensa batalha contra os rebeldes na capital somali. Autoridades regionais realizaram uma reunião de emergência para discutir o agravamento da situação na Somália, cinco dias depois de tropas do Quênia cruzarem a fronteira para perseguir sequestradores supostamente vinculados aos rebeldes da Al Shabaab, grupo afiliado à Al Qaeda. Os militares quenianos disseram que suas forças ocuparam duas cidades, mas um porta-voz de uma milícia aliada ao governo somali disse que o avanço militar foi prejudicado pelas forte chuvas. Blindados e caminhões com armas, mantimentos e barracas foram vistos deixando quartéis quenianos na quinta e sexta-feira rumo à fronteira. "Mais homens do Exército a bordo de caminhões militares ainda estão passando por aqui, indo para a Somália", disse Ali Barre, morador da localidade de Diff, próxima à fronteira. "Toda a área é como uma zona de guerra. É como se toda a nossa força militar estivesse indo para a Somália", afirmou Barre, acrescentando que faz quatro dias que os comboios passam por ali. O governo somali, que tem apoio ocidental e do Quênia, tem alardeado vitórias neste ano na capital contra a Al Shabaab, que tenta impor um rígido regime islâmico. Mas combatentes da Al Shabaab continuam controlando alguns bairros da cidade. Na quinta-feira, houve intensos confrontos no bairro de Daynile. (Reportagem adicional de Sahra Abdi, Humphrey Malalo e Duncan Miriri, em Nairóbi; de Patrick Nduwimana, em Bujumbura; e de Noor Ali, em Isiolo)

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