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'É jogo político', diz chefe de gabinete da Educação sobre declarações de Chalita

Fernando Padula Novaes afirmou ainda que a pasta repassou informações solicitadas pelo município

Por Diego Moura
Atualização:

O chefe de gabinete na Secretaria Estadual da Educação, Fernando Padula Novaes, chamou de “jogo político” as declarações do secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, sobre o fechamento de escolas para a reorganização escolar. Mais cedo, Chalita disse não 'contar' com escolas do Estado para creches, poiselas precisariam de adaptações para receber alunos pequenos, e que deixaria a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) “terminar o diálogo com sua rede”. “O secretário (Chalita) diz que não quer se meter na rede, mas depois dá palpite na reorganização”, disse Padula.

Alunos da Escola Fernão Dias Paes inteditam cruzamento contra o fechamento de escolas da gestão Alckmin (PSDB). Foto: Werther Santana/Estadão

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De acordo com Padula, Estado e Prefeitura têm dialogado sobre o assunto, e a pasta passou as informações solicitadas pela entidade municipal. “Primeiro, a gente mandou um ofício perguntando se eles tinham interesse. Aí eles responderam que sim. Em seguida, pediram uma lista com os endereços, e nós mandamos. Depois, em 17 de novembro, a gente mandou esses dados de área e metragem, e sabemos que eles estão visitando esses prédios. Então, me estranha muito essa declaração que dá a impressão de que não querem, mas o Estado continua à disposição para a parceria e não vai entrar nesse jogo político”, disse ao Estado.Acho que o secretário está um pouco amedrontado com a manifestação e querendo pegar carona no movimento político.”

Polícia. Sobre a presença de policiais em escolas, o chefe de gabinete disse que a gestão não trata do assunto como uma questão de polícia. “Um caso (de excesso), se teve, tem de ser investigado. E se o excesso é de ambos os lados. Nós não concordamos com polícia dentro da escola, não vamos tratar esse assunto com polícia. O discurso (dos manifestantes) é de diálogo, mas na prática é de radicalismo e intransigência.” Questionado sobre relatos e vídeos de truculência por parte de policiais divulgados por estudantes nas redes sociais, Padula apenas disse “manter o que tinha dito antes”.

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