ENTREVISTA-Amazon vê alta dos serviços de nuvem na A. Latina

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Por Redação
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A Amazon.com espera um forte crescimento de seus serviços de computação em nuvem na América Latina, onde os elevados custos de centrais de dados garantirão taxas de expansão de 100 a 200 por cento para seus serviços de servidores remotos, disse nesta terça-feira o vice-presidente de tecnologia da gigante norte-americana do varejo online. Werner Vogels disse à Reuters que o volume de dados armazenados nos servidores da Amazon Web Services (AWS) dobra e até triplica a cada ano. "Acreditamos que o mercado do Brasil e da América Latina vai seguir essa tendência", afirmou ele após participar de uma conferência em São Paulo. "A única razão para estarmos no Brasil e na América Latina é porque acreditamos que isso vai ser um negócio muito grande." A Amazon.com disse que a migração na América Latina para serviços de computação na nuvem será alimentada pelos custos competitivos em uma região onde um servidor físico pode custar três vezes mais que nos Estados Unidos. A empresa lançou em dezembro de 2011 em São Paulo as operações da AWS na América Latina, buscando ser fornecedora de empresas internacionais na região. Além de liberar as empresas de elevados investimentos em centrais de dados, os serviços de nuvem permitem às empresas estrangeiras alojar informações na América Latina e reduzir o tempo de acesso aos dados. Vogels disse que seguradoras e empresas de serviços financeiros no Brasil e na América Latina estão migrando para a nuvem em rápida velocidade. MÉXICO, O PRÓXIMO MERCADO O Brasil representa pouco mais de 50 por cento dos negócios da AWS na América Latina. "Neste momento, o México é visto como o segundo maior mercado", disse ele. A AWS vê oportunidades também na Argentina e no Chile. O vice-presidente da Amazon.com disse que a desaceleração da economia brasileira e da região como reflexo da crise de dívida soberana europeia não preocupa a empresa. "Inclusive, em tempos de maior pessimismo, a computação na nuvem tem muito mais sentido para as corporações, porque permite reduzir custos." O executivo se recusou a revelar a participação de mercado da Amazon em serviços de computação na nuvem no Brasil e América Latina. "Acreditamos que no longo prazo a nuvem será um negócio tão grande quando o comércio varejista", disse. Vogels disse que a Amazon.com pretende reduzir sistematicamente os custos de seu serviço AWS na América Latina, mas negou que esteja subsidiando o serviço como tem ocorrido em alguns mercados como o aparelho de leitura digital Kindle da companhia. Ele também se recusou a comentar sobre plano da Amazon.com de lançar uma livraria online no Brasil no fim do ano, como revelaram fontes à Reuters no fim de junho.

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