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Estiagem reduz produção de hidrelétricas no RS

Por CARLOS ROLLSING
Atualização:

A falta de chuvas que acomete as regiões norte e nordeste do Rio Grande do Sul forçou a paralisação e a diminuição do ritmo de produção de 12 usinas hidrelétricas. A estiagem deixou os níveis dos reservatórios em parâmetros mínimos, exigindo o desligamento das turbinas. É o caso da Usina Hidrelétrica de Machadinho, segunda maior em operação do Estado, que fica sob o leito do Rio Uruguai, na divisa com Santa Catarina. Como o manancial está 14 metros abaixo do normal, fez-se necessária a interrupção na geração de energia. A usina tem capacidade para produzir 1.140 megawatts, o suficiente para abastecer cerca de 25% da demanda do Estado. Para evitar o risco de suspensão no fornecimento de eletricidade, a região Sudeste do Brasil está produzindo mais e distribuindo para o Sul. O Operador Nacional do Sistema Elétrico é o responsável por controlar estas ações. Na semana passada, já havia sido determinado o aumento da geração de energia nas usinas térmicas e o acréscimo da compra de gás boliviano. As medidas estão garantindo que milhares de gaúchos não precisem recorrer às velas para iluminar os cômodos das casas durante a noite. A Usina Hidrelétrica de Itá, também no Rio Uruguai, produz somente 12% da sua capacidade de 1.450 megawatts. As águas da região estão 3,35 metros abaixo do nível normal. Das 11 usinas existentes no Rio Jacuí, quatro com grandes reservatórios seguem operando, enquanto sete pequenas estão quase inertes.A seca também prejudica o abastecimento da população. Já são 182 municípios gaúchos em situação de emergência. A Defesa Civil calcula que um milhão de pessoas são afetadas. Em Erechim e São Valentim, os reservatórios que eram utilizados para captação de água pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) estão completamente secos. Restou apenas o solo árido e rachado, com exíguas poças d''água.

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