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Estresse acelera a progressão do Alzheimer, diz estudo

Os pesquisadores injetaram os ratos transgênicos com níveis de dexametasona semelhantes ao nível de hormônios num ser humano sob estresse

Por Agencia Estado
Atualização:

Hormônios ligados ao estresse parecem exacerbar rapidamente a formação de lesões no cérebro que são a marca registrada do Mal de Alzheimer, de acordo com pesquisa realizada na Universidade da Califórnia em Irvine. A descoberta sugere que administrar o estresse e reduzir certos medicamentos receitados para idosos poderia desacelerar a progressão da doença. Em um estudo realizado em ratos geneticamente modificados, o neurobiólogo Frank LaFerla e umas equipe de pesquisadores descobriram que, quando os animais jovens recebiam injeções de dexametasona por sete dias, o nível da proteína beta-amilóide no cérebro aumentava 60%. A dexametasona é similar aos hormônios de estresse do corpo. Quando a produção de beta-amilóide aumenta e os fragmentos da proteína se acumulam, formam-se placas que são uma das marcas das lesões cerebrais do Alzheimer. Os níveis de outra proteína ligada à doença, a tau, também aumentaram. A descoberta aparece na edição desta semana do periódico Journal of Neuroscience. Os pesquisadores injetaram os ratos transgênicos de quatro meses com níveis de dexametasona semelhantes ao nível de hormônios que seria encontrado num ser humano sob estresse. Nesta idade jovem, os ratos deveriam apresentar pouca formação de placas no cérebro. Após uma semana, os cientistas descobriram que o nível de beta-amilóide no cérebro dos ratos era comparável ao que seria de se esperar em animais de oito ou nove meses que não tivessem recebido a dexametasona.

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