28 de abril de 2014 | 11h56
"A gente estava comemorando os 72 anos dela, completados na quarta-feira (23), quando ela saiu de casa para deixar o sobrinho de 10 anos na casa da irmã. Foi quando escutamos muitos tiros. Agora estou sem rumo. Se fosse tomar alguma providência, viraria bandido. Vou deixar com a justiça divina", afirmou o viúvo, que pretende retornar para a cidade de Currais Novos (RN).
A nora de Dona Dalva, Maria Francisca de Assis, de 44 anos, foi a primeira a encontrá-la baleada. "Ouvi os gritos me chamando. Quando cheguei ela me disse: ''Não me deixe morrer, por favor''. Ela estava perdendo muito sangue. Depois se esticou toda no chão. Acho que morreu ali mesmo", contou.
Ao lado da corpo os moradores encontraram duas cápsulas, que seriam de pistola .40, que pretendem entregá-las à Polícia Civil. O beco Vila Vítor, local do crime, permanecia com poças de sangue até as 11h desta segunda-feira. Moradores disseram que a perícia ainda não havia sido feita no local.
O corpo de Arlinda já foi liberado da UPA do Alemão e está no Instituto Médico Legal (IML). Ainda não há nem local nem hora do enterro. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios.
Em nota, a Coordenadora de Polícia Pacificadora da Polícia Militar (PM) informou que policiais realizavam patrulhamento por volta das 18h de domingo quando foram atacados por traficantes armados. Houve confronto. A idosa foi baleada e socorrida pelo motorista de uma Kombi, que a levou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região.
A seguir, os bandidos teriam atirado à distância em direção à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Moradores realizaram um protesto à noite na parte baixa do complexo.
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