
19 de setembro de 2011 | 09h15
"Ele interrompeu a vida de uma mulher de 28 anos, que tinha tudo pela frente. Minha irmã era advogada, trabalhava com a Justiça, para fazer justiça. Espero que agora ela seja feita", disse Rafael, referindo-se a advogada Bruna Baltresca, de 28 anos, uma das vítimas. Ele morava com Bruna e a mãe, a dona de casa Miriam Afif José Baltresca, de 55 anos. O pai da família faleceu há sete anos.
Rafael quer que o atropelador responda pelas mortes. "Não é com castigo que vamos resolver isso, mas com conscientização. O governo tem que fazer mais campanhas para mostrar que se dirigir embriagado, você pode sim matar alguém. É uma máquina em sua mão, quem for atingido não tem a menor chance."
A sala do velório, realizado no Cemitério do Araçá, na zona oeste, foi preenchida com fotos das duas e uma bandeira da igreja em que Miriam participava tocando violão, uma de suas paixões. "Ele sempre cuidou das duas, vivia para elas. Então vem alguém e faz o estrago que fez", desabafou a atriz Patrícia Pantaleão, de 29 anos, namorada de Rafael. "Mas acho que o atropelador também não conseguirá viver com o que fez", completou. "Agora, com a ajuda dos amigos e dos parentes, ele tem que seguir em frente, mas é difícil. Família é isso, pai, mãe e irmã. Ele perdeu todos", disse Patrícia. Sobre o futuro, Rafael diz não saber como será. "Não penso na vida agora, porque é só um vazio."
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