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Fuzileiro que fazia segurança é executado em SP

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

O fuzileiro naval Dilson Pinto Marcílio, de 29 anos, foi executado com vários tiros nesta madrugada, em Sorocaba, a 92 km de São Paulo. O carro que ele dirigia foi metralhado numa avenida, no Alto da Boa Vista, zona leste da cidade. Uma adolescente de 13 anos que estava no veículo também foi atingida pelos disparos e morreu. Marcílio era lotado no Centro Experimental Aramar, em Iperó, onde o Ministério da Marinha desenvolve parte do programa nuclear brasileiro. Nas folgas, ele trabalhava como segurança da casa de pagode Espaço Fórum, que fica na frente da sede do Poder Judiciário na cidade.De acordo com testemunhas, Marcílio trabalhou na casa noturna até às 3h. Na saída, deu carona para dois amigos e para a garota que estava com eles. Numa avenida próxima, outro veículo, ocupado por quatro homens encapuzados, emparelhou com o carro do fuzileiro. Os ocupantes fizeram vários disparos, usando inclusive uma metralhadora. O carro atravessou o canteiro central e bateu num muro. Marcílio foi atingido pelo menos duas vezes. Outra bala atingiu o tórax da adolescente. As outras duas pessoas que estavam no carro conseguiram escapar. A Polícia Civil recolheu no local projéteis de revólveres calibres 38 e 45, e de uma metralhadora 9mm. Os policiais acreditam que o fuzileiro naval foi morto por vingança. Horas antes, ele havia separado uma briga no interior da casa noturna. Os briguentos foram postos para fora e o teriam ameaçado de morte. O fuzileiro, casado e pai de dois filhos, estava havia um ano na cidade. De acordo com amigos, ele pediu transferência do Rio de Janeiro para o interior de São Paulo em busca de segurança para a família.

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