19 de junho de 2013 | 13h40
O aumento foi o estopim para uma onda de protestos iniciada na capital paulista pelo Movimento Passe Livre (MPL), que foi ampliada para todo o País. Durante a entrevista, Haddad defendeu o diálogo com os manifestantes e disse que terá uma nova reunião com o MPL na sexta.
Nesta quinta, 20, um novo protesto está marcado para a avenida Paulista, com início previsto para as 17 horas. Haddad admitiu apenas que o projeto que desonera o setor de transportes, que tramita no Senado, juntamente com o aumento de investimentos em corredores de ônibus - que ampliaria a produtividade do sistema - poderia trazer uma redução na tarifa. Só com o projeto de desoneração, o impacto seria de 7% na tarifa, segundo ele.
Para congelar a tarifa de ônibus urbano, os subsídios da Prefeitura de São Paulo ao transporte público subiriam de R$ 1,5 bilhão para R$ 2,7 bilhões em 2016, afirmou o prefeito.
Ele disse ainda que esta discussão não tem a ver com poder, mas com a cidade, e reiterou que as escolhas são difíceis para um governante. "As escolhas trazem impacto. Há demandas de creches, de hospitais", afirmou Haddad. Segundo ele, é preciso dar publicidade a este assunto. "Não houve publicidade suficiente sobre o que significaria o congelamento da tarifa", afirmou.
Concessões
Haddad disse que o município está em meio a um processo de contratação das empresas de ônibus e que este é um momento oportuno para que haja negociação sobre uma possível revisão do lucro das empresas. Ele também afirmou que o prazo de consulta pública de edital para concessão de transporte público foi adiado.
O prefeito ressaltou, porém, que o resultado das negociações não seria imediato, já que é necessário esperar o término dos contratos. "Este processo leva alguns meses, a partir de julho pode haver negociação", disse Haddad em entrevista ao programa SPTV, da Rede Globo.
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