Jobim descarta entrada da Rússia na licitação dos caças

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Por Redação
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A Rússia não irá participar da licitação da Força Aérea Brasileira (FAB) para a compra de caças, que se arrasta por anos e cujo processo será retomado no atual governo, disse o ministro da Defesa, Nelson Jobim, nesta terça-feira. Segundo ele, apenas as três empresas que foram anteriormente habilitadas (Boeing, Saab e Dassault) poderão continuar na disputa. Jobim lembrou que os russos não foram qualificados em fases anteriores do processo. "Não tem isso não (de Rússia entrar). Os únicos que estão disputando são os três, os americanos com a Boeing, a sueca Saab e a Dassault francesa. Os russos foram desqualificados lá atrás, no começo do processo", disse Jobim a jornalistas após participar da cerimônia de inauguração de uma agência do Banco do Brasil no Complexo do Alemão. A norte-americana Boeing concorre com o avião F-18 Super Hornet, enquanto a sueca Saab ofereceu o Gripen NG e a francesa Dassault entrou com o Rafale. Ele acrescentou que não há nenhuma decisão ou deliberação da presidente Dilma Rousseff para incluir novas empresas na licitação. "Isso foi algo dito por vocês (da imprensa). Não tem nenhuma deliberação nesse sentido. Não há fundamento". Ele frisou que a partir da escolha do fabricante dos caças, o processo de aquisição poderá levar mais um ano. "Uma vez decidido pela solução, há mais, no mínimo, 12 meses de negociações, que são complexas, que envolvem a transferência de tecnologia, os offsets (compensações) diretos e indiretos, e o contrato financeiro, que define a forma como isso será negociado". Jobim espera que a definição do fabricante vencedor saia ainda em 2011. (Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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