Nova luz começa sem grifes e com briga

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Por BRUNO PAES MANSO E RODRIGO BRANCATELLI
Atualização:

O processo de licitação para escolher o consórcio que vai repensar a cracolândia, no centro de São Paulo, considerado atualmente o projeto mais importante do governo municipal, começou ontem com o pé esquerdo. E com briga judicial. Cinco empresas se habilitaram oficialmente para participar do certame licitatório, mas outros quatro consórcios foram impedidos de continuar por terem se inscrito minutos após o prazo final para a entrega dos documentos - quinta, até as 17 horas.Culpando o trânsito, a dificuldade de entrar na sede da Prefeitura, a lentidão dos elevadores e o fato de só um funcionário estar disponível para protocolar pilhas e mais pilhas de folhas sulfite, as empresas desabilitadas começaram ontem mesmo a questionar o processo judicialmente - um escritório de arquitetura já conseguiu liminar para seguir na licitação.Na abertura dos envelopes dos concorrentes, todos os envolvidos já afirmavam que o prazo da Prefeitura para anunciar o vencedor, fevereiro, é ilusório, uma vez que os embates jurídicos entre as empresas devem atrasar o final da licitação. O evento, aliás, que ocorreu em uma sala do Edifício Martinelli, no centro, não ficou livre de picuinhas e ataques. O arquiteto Jorge Wilheim, que participa de um consórcio habilitado, foi uma das figuras mais comentadas - ele protocolou três caixas de documentos apenas um minuto antes do fim do prazo.Entre os escritórios que ficaram de fora e que agora prometem levar a briga para a Justiça está um consórcio que conta com a expertise dos italianos Bernardo Secchi e Paola Vigano, responsáveis por planos de urbanização e projetos na Itália, Ucrânia, França, Bélgica e Espanha. Era uma das poucas grifes estrangeiras que participavam do processo - ao contrário da expectativa da Prefeitura, que colocou exigências no edital no intuito de fazer com que escritórios de arquitetura de São Paulo se unissem com conglomerados estrangeiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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