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Polícia comunitária começa na USP, mas passa despercebida

Novo modelo entrouem funcionamentodurante semana derecesso acadêmico, que deixou câmpus vazio

Por Victor Vieira
Atualização:
Policiamento comunitário começa na USP Foto: HÉLVIO ROMERO | ESTADÃO CONTEÚDO

O primeiro dia do policiamento comunitário no câmpus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste, passou despercebido para a maioria dos alunos que circularam pelo local ontem. O novo modelo começou durante uma semana de recesso no calendário acadêmico, o que deixou a Cidade Universitária bem mais vazia.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), 34 PMs passaram a atuar no câmpus. A adoção do policiamento comunitário foi acelerada após um aluno ser baleado dentro da USP na semana passada.

A reportagem viu ao menos quatro motos e duas viaturas, mas não havia presença ostensiva de policiais. Só parte dos PMs tinha idade próxima a dos universitários, perfil anunciado pela SSP para a função. Uma viatura ficou ao lado da portaria 1 e uma base móvel perto da Faculdade de Veterinária, área considerada de mais risco.

“Com o tempo, veremos a distribuição dos PMs no câmpus, nos pontos mais críticos”, disse ao Estado José Antônio Visintin, superintendente de Segurança da USP. A área do Hospital Universitário também é vista como mais vulnerável.

No primeiro dia, segundo ele, houve um furto de bicicleta. A PM não informou se o ladrão foi preso nem o total de ocorrências do dia. Só disse que trabalha segundo a “dinâmica das atividades acadêmicas.” Será instalada uma base provisória da PM ao lado da Praça do Relógio em dois contêineres. Depois, será feita uma base permanente. O Conselho de Segurança do câmpus será criado e terá a primeira reunião neste mês.

Percepções. “Não vi nada diferente hoje”, contou Stephanie Acuña, aluna do Instituto de Biociências, de 21 anos. Ela é a favor da PM na USP. “Temos medo de assaltos e estupros.”

Já Elizete Waughan, da Filosofia, não aprovou. “Por que PMs nessa função? Poderiam aumentar o número de guardas universitários e treinar esse grupo para o policiamento comunitário”, sugeriu ela, de 23 anos. O movimento estudantil também é contra./COLABOROU FELIPE RESK

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