Prefeito de Tailândia-PA dá cestas básicas a demitidos

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Por João Domingos
Atualização:

A fila pela cesta básica começou a formar-se por volta das 4 horas de hoje em frente à casa do prefeito de Tailândia (PA), Paulo Jasper, mais conhecido como Macarrão, uma grande fazenda às margens da Rodovia PA-150, com pista de pouso e dois aviões no hangar. "Cheguei aqui às 4h30 e já tinha gente", afirmou Sebastiana Silva, de 27 anos, mãe de três filhos. Macarrão costuma distribuir cestas básicas sempre nas proximidades de uma data festiva, como Natal, ano-novo e outras. Mas, desta vez, o motivo foi outro. As ações contra o desmatamento na cidade inibiram a continuidade do corte ilegal de madeiras. Com isso, o setor madeireiro, responsável por 70% de toda a economia local, dispensou 6 mil trabalhadores. A crise foi imediata. Há milhares de desempregados. No caso de hoje, o prefeito aproveitou a visita de uma comissão de deputados federais e estaduais à cidade, que para lá foi por causa da crise que se abateu sobre Tailândia desde o início das operações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Federal (PF) e da Guarda Nacional de Segurança. Macarrão, que costuma passar mais tempo fora do que no município, apareceu hoje, num encontro que reuniu os deputados, além da PF, Ibama e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), além de madeireiros e representante de trabalhadores. Ele disse que a distribuição das cestas na sua casa acontece porque os moradores costumam ir lá pedir ajuda e que não pode negar alimento para eles. Enquanto na casa de Macarrão eram distribuídas as cestas de consumo, a uns seis quilômetros dali, na Escola Profissionalizante de Tailândia, havia um palanque para que os parlamentares dessem sinal da presença na crise da cidade. Pela Câmara dos Deputados apareceram os deputados Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), José Geraldo (PT-PA), Nilson Pinto (PSDB-PA) e Vandenkolk (PSDB-PA). Eles ouviram os discursos de todos. Criaram uma comissão para tentar uma saída política para a crise, o que sempre costuma ser feito numa situação como essa.

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