Secretário do USDA se diz pessimista com lei agrícola

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Por Redação
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O secretário do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Tom Vilsack, disse que há um "risco muito sério" de o Congresso, profundamente dividido, não conseguir completar os trabalhos sobre a nova Lei Agrícola de cinco anos até o final deste ano. "Há um risco muito sério de que nós não tenhamos a lei agrícola feita neste ano", disse Vilsack em discurso na Câmara do Comércio dos EUA. Senadores democratas e republicanos permanecem em um impasse sobre como conseguir mais economias nos programas agrícolas, com o debate centrado no nível de subsídios agrícolas e no programa de distribuição de alimentos para a população mais necessitada. "Nós vamos estimular o Congresso a concluir isso", disse Vilsack a repórteres depois de discursar em um evento. Vilsack disse que a "relutância do relator" tornou-se um obstáculo, referindo-se às preocupações que o relator da Câmara dos Deputados John Boehner vem expressando de assumir a nova lei ao mesmo tempo em que lida com o chamado abismo fiscal, uma mistura de aumento de impostos e cortes de custos que pode ter início em 1o de janeiro. "Nós precisamos dizer ao relator que não é uma lei de mil páginas. É uma lei que pode ser facilmente ligada, e ajudar na economia, em qualquer resolução de 'abismo fiscal'", disse Vilsack. "Nós poderemos encorajar o relator a repensar a noção do que não pode ser feito. Nós podemos fazer", acrescentou. RETALIAÇÃO COMERCIAL Durante seu discurso, Vilsack também disse que está "profundamente preocupado" de que o Brasil possa retaliar os EUA, caso o país não implemente as mudanças previstas em seu programa de subsídios para o algodão. O Brasil venceu os Estados Unidos em um contencioso sobre o programa na Organização Mundial do Comércio (OMC) anos atrás e adiou a retaliação depois de negociar um acordo temporário com os Estados Unidos. Vilsack disse que o tempo está se esgotando para os Estados Unidos apresentarem uma solução permanente. (Reportagem de Doug Palmer)

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